Notícia
China registou “forte descontentamento e protesto” por abate de balão
Governo de Pequim alega que reação norte-americana foi "exagerada", admite retaliação e insiste que balão era equipamento civil.
O governo chinês manifestou este domingo o seu "forte descontentamento" e protesto depois de os Estados Unidos terem destruído o alegado balão-espião que pairava no espaço aéreo norte-americano desde a passada quarta-feira.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da China declarou seu "forte descontentamento e protesto" e reforçou a sua posição de que o balão era um dirigível de pesquisa civil desviado do curso pelos ventos. Nesse sentido, alega Pequim, foi Washington, e não Pequim, quem quebrou as regras.
O alegado balão-espião foi abatido por um míssil Sidewinder no sábado, tendo caído nas águas da Carolina do Sul.
Perante um cenário de agravamento da tensão entre os dois blocos políticos, o lado chinês pediu entretanto ao governo norte-americano que atue perante este incidente com "calma e de maneira profissional e contida". Para os Estados Unidos, insistir em usar a força armada é claramente uma reação excessiva", afirma o governo de Pequim.
As autoridades de Pequim chinesas estavam a preparar a visita de Anthony Blinken à China, esta semana, para conversas entre os dois países sobre os dossiês que têm gerado maior tensão. Blinken desistiu entretanto da viagem.
A China deixou no ar, na reação ao abate do balão, que poderá de alguma forma retaliar contra a ação militar norte-americana. Nesse sentido, o Ministério dos Negócios Estrangeiros sublinhou que o governo chinês "mantém o direito de responder posteriormente".
Numa outra reação, também o Ministério da Defesa chinês reforçou que o abate do balão foi "uma reação excessiva".