Notícia
Emprego robusto nos EUA penaliza bolsas europeias
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta segunda-feira.
Emprego robusto nos EUA penaliza bolsas europeias
As bolsas europeias fecharam maioritariamente em terreno negativo, numa altura em que os investidores processam os mais recentes dados do emprego nos Estados Unidos. A economia norte-americana criou 517 mil postos de trabalho e a taxa de desemprego fixou-se nos 3,4% em janeiro, o que mostra que o mercado de trabalho se mantém robusto apesar das sucessivas subidas das taxas de juro por parte da Fed.
Os dados do emprego acima das expectativas abrem porta à continuação do aperto da política monetária, uma vez que este é um dos pontos que a Fed tem em conta no momento de decidir quais os próximos passos.
O Stoxx 600, referência para a região, recuou 0,78% para os 457,16 pontos, com a maior parte dos setores a registarem quedas. O do retalho, do imobiliário e o da tecnológica foram os que mais caíram (-2,22%, -2,12% e -1,91%, respetivamente).
A Aurubis AG, produtora de cobre, esteve entre as empresas que mais caíram em bolsa, apesar de ter confirmado as pespetivas de um aumento das receitas no ano financeiro de 2022/2023. As ações da empresa desvalorizaram 3,85% para os 96,90 euros.
Nas principais praças europeias, o alemão Dax cedeu 0,84%, o francês CAC-40 recuou 1,34%, o espanhol Ibex 35 perdeu 0,72% e o britânico FTSE 100 desvalorizou 0,82%. Já o Aex, em Amesterdão, caiu 1,50%, enquanto o italiano FTSE Mib somou 0,27%.
A pesar nos índices europeus estão também as preocupações quanto a uma escalada de tensões entre as duas maiores potências mundiais, a China e os Estados Unidos. A polémica entre os dois países agravou-se devido à entrada de um balão de espionagem chinês no espaço áereo norte-americano.
BCE mais agressivo leva juros a agravarem na Zona Euro
Os juros terminaram o dia a agravar na Zona Euro, depois das declarações "hawkish" de membros do Banco Central Europeu que sublinham estar empenhados em baixar a inflação para o patamar dos 2%.
A "yield" sobre as Bunds alemãs – referência para o mercado europeu – agravou-se 10,2 pontos base para 2,286%, ao passo que a "yield" da dívida francesa somou 10,7 pontos base para 2,744%.
Por sua vez, os juros da dívida italiana a dez anos somaram 13,5 pontos base – o agravamento mais expressivo entre as "yields" das principais dívidas da região – para 4,153%.
Por fim, na Península Ibérica, a "yield" da dívida nacional a dez anos cresceu 10,3 pontos base para 3,119%. Já os juros das obrigações espanholas a dez anos agravam-se 10,9 pontos base para 3,213%.
Fora da região da moeda única, os juros da divida britânica a dez anos escalaram 18,9 pontos base para 3,239%.
Petróleo recua com pressão de política monetária e subida do dólar
O petróleo está a desvalorizar, depois de ter subido ligeiramente esta manhã. A penalizar a negociação está um dólar mais forte - que tipicamente reduz a procura por crude, que é negociado na moeda norte-americana, bem como receios de que uma desaceleração nas maiores economias mundiais se possa sobrepor ao aumento do consumo.
O contrato de março do West Texas Intermediate (WTI) – referência para as importações norte-americanas – desce 1,01% para 72,65 dólares por barril. Já o contrato de abril do Brent do Mar do Norte – negociado em Londres – recua 0,64% para 79,43 dólares por barril.
Ainda a pesar na negociação estão perspetivas de aperto da política monetária pela Fed, depois do Departamento do Trabalho dos Estados Unidos ter divulgado dados do emprego acima do esperado. Um desses indicadores mostrou que a taxa de desemprego do país estava no valor mais baixo em 53 anos.
Dólar toca máximos de três semanas face ao euro, com possível Fed mais agressiva
O dólar está a negociar em alta em relação ao euro, tendo chegado a tocar um máximo de três semanas, com os investidores na expectativa de que a Reserva Federal norte-americana suba a taxa de referência acima de 5% com o objetivo de baixar a inflação.
A nota verde soma 0,61% para 0,9324 euros. O índice do dólar da Bloomberg – que compara a força do dólar contra dez divisas rivais – sobe 0,68% para 103,612 pontos.
"Vários membros da Fed devem falar esta semana e podem discordar com a perspetiva mais 'dovish' adotada pela Fed, o que poderia levar a um 'risk-off rally', bem como levar os investidores para ativos mais seguros e fazer com o dólar valorize, penalizando o mercado acionista", apontou a analista Jessica Amir da Saxo, à Bloomberg.
No Japão, o dólar sobe 0,61% para 132,8155 ienes, invertendo a tendência desta manhã, depois de uma notícia que dava conta que o governo japonês teria abordado o vice-governador do banco central do país, Masayoshi Amamiya, para suceder a Haruhiko Kuroda na liderança do banco, ter sido desmentida por fonte oficial do executivo nipónico.
Ouro avança, mesmo com penalização do dólar
O ouro está a valorizar, depois de ter perdido mais de 2% na sexta-feira, pressionado por dados do emprego nos Estados Unidos que foram melhores do que o esperado e mostraram a robustez do mercado laboral.
Estes últimos dados dão força à política monetária levada a cabo pela Reserva Federal norte-americana, uma vez que este é um dos pontos que a Fed têm em conta nas subidas das taxas de juro.
Com estas estatísticas, o dólar tem estado em rota de valorização, penalizando o metal amarelo que é negociado nesta moeda.
Ainda assim, o ouro avança 0,25% para 1.869,72 dólares por onça.
"O reajustamento das expectativas de subida das taxas de juro tem subsequentemente pesado no metal precioso, bem como um dólar mais firme", explicou o analista Colin Hamilton, da BMO Capital Markets, numa nota enviada à Bloomberg.
Wall Street abre no vermelho pressionada por emprego forte e tensões geopolíticas
As bolsas norte-americanas abriram em terreno negativo, pressionadas pelos dados do emprego acima do esperado em janeiro e pela tensão geopolítica entre as duas maiores economias mundiais, a China e os Estados Unidos.
A economia norte-americana criou 517 mil postos de trabalho e a taxa de desemprego caiu para os 3,4%, a mais baixa desde maio de 1969, o que sinaliza que o ciclo de subidas das taxas de juro por parte da Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed) parece não estar a ter efeito no mercado laboral, algo que o presidente da autoridade monetária, Jerome Powell, apontou como necessário para o fim dos aumentos.
A pressionar os índices do outro lado do Atlântico estão também preocupações quanto a um escalar de tensões entre a China e os Estados Unidos. A polémica instalou-se após um balão de espionagem chinês ter entrado no espaço aéreo norte-americano.
O "benchmark" S&P 500 cede 0,62% para os 4.110,66 pontos, o tecnológico Nasdaq Composite recua 0,59% para os 11.935,75 pontos e o industrial Dow Jones perde 0,51% para os 33.752,02 pontos.
"O estado do mercado laboral é um factor significativo no processo de decisão da Reserva Federal, e, por isso, o número providenciou aos investidores mais um dado a considerar", afirmam os economistas do Rand Merchant Bank, em Joanesburgo, na África do Sul, numa nota enviada à Bloomberg.
Taxa Euribor sobe a 3 e 12 meses para novo máximo desde 2009 e cai a 6 meses
A taxa Euribor subiu hoje a três e a 12 meses, no prazo mais curto para um novo máximo desde janeiro de 2009, e desceu a seis meses face a sexta-feira.
A taxa Euribor a 12 meses, que atualmente é a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, subiu hoje, ao ser fixada em 3,401%, mais 0,027 pontos, contra 3,446 em 02 de fevereiro, um novo máximo desde dezembro de 2008.
Segundo o Banco de Portugal, a Euribor a 12 meses já representa 43% do 'stock' de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável, enquanto a Euribor a seis meses representa 32%.
Após ter disparado em 12 de abril para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 05 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril.
A média da Euribor a 12 meses avançou de 3,018% em dezembro para 3,338% em janeiro, mais 0,320 pontos.
Já a taxa Euribor a seis meses, que entrou em terreno positivo em 06 de junho, baixou hoje, para 3,008%, menos 0,003 pontos, depois de se ter fixado em 3,029% também em 02 de fevereiro, um novo máximo também desde dezembro de 2008.
A média da Euribor a seis meses subiu de 2,560% em dezembro para 2,864% em janeiro, mais 0,304 pontos.
A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 06 de novembro de 2015 e 03 de junho de 2022).
Em sentido contrário, a Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, subiu hoje, ao ser fixada em 2,565%, mais 0,020 pontos e um novo máximo desde janeiro de 2009.
A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses).
A média da Euribor a três meses subiu de 2,063% em dezembro para 2,354% em janeiro, ou seja, um acréscimo de 0,291 pontos.
As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 04 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
Na última reunião de política monetária, em 02 de fevereiro, o BCE voltou a subir em 50 pontos base as taxas de juro diretoras, acréscimo igual ao efetuado em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas em relação às duas registadas anteriormente, que foram de 75 pontos base, respetivamente em 27 de outubro e em 08 de setembro.
Em 21 de julho, o BCE tinha aumentado pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Lusa
Queda do balão chinês arrasta praças europeias. Só Lisboa se mantém no ar
Depois de esta sexta-feira ter encerrado a sessão em "bull market", o Stoxx 600 arrancou a negociação em terreno negativo, um sentimento acompanhado pelos restantes índices europeias.
As tensões entre a China e EUA a par da política monetária da Fed dominam a sessão.
O índice de referência para o bloco perde 0,58% para 458,10 pontos. Entre os 20 setores que compõe o índice, telecom é o único a negociar no verde, enquanto tecnologia comanda as perdas.
O Stoxx 600 cotou-se na sexta-feira 20% acima da pontuação mínima de setembro, tendo por isso entrado em "bull market". Neste mesmo dia, o principal índice britânico, FTSE 100, atingiu um recorde historio, estando entretanto a cair 0,61%.
Madrid e Frankfurt desvalorizam cada uma 0,62%. Paris derrapa 1,15% e Amesterdão desliza 1,05%.
Por sua vez, Milão subtrai 0,50%. Entre as principais praças, Lisboa é a única no verde, estando a valorizar 0,27%.
Os investidores mantém-se focados no futuro da política da Fed, depois de os dados do mercado de trabalho divulgados na sexta-feira manterem a porta aberta ao banco central para continuar a subir os juros.
As tensões diplomáticas entre Washington e Pequim também estão no radar, depois da China ter contestado o facto de os EUA terem abatido o balão satélite do país nos céus norte-americanos.
Bostjan Vasle repete o mantra de Lagarde e juros agravam-se na Zona Euro
Os juros agravam-se na Zona Euro, depois das declarações "hawkish" de um membro do conselho do Banco Central Europeu (BCE), sobre o futuro da política monetária levada a cabo pela instituição.
Bostjan Vasle assegurou em declarações à agência pública de notícias da Eslovénia, que apesar da desaceleração da inflação, "estamos empenhados" em continuar com a subida das taxas de juro.
Na última reunião de política monetária, a presidente Chrisitine Lagarde, já tinha expressado esta ideia, tendo concretizado que tudo indica que em março há mais uma subida de 50 pontos base dos juros diretores e que "este não é o pico".
A "yield" sobre as Bunds alemãs – "benchmark"para o mercado europeu – agrava 6,6 pontos base para 2,251%.
Por sua vez, os juros da dívida italiana a dez anos somam 11,9 pontos base – o alívio mais expressivo entre as "yields" das principais dívidas da região – para 4,137%.
Por fim, na Península Ibérica, a "yield" da dívida nacional a dez anos acresce 7,7 pontos base para 3,094%.
Os juros das obrigações espanholas a dez anos agravam 8,7 pontos base para 3,191%.
Euro perde conta o dólar. Iene chega a recuar 1% com novo líder para o BoJ
O indicador de força do dólar soma pontos, dando sinais de que pode continuar a crescer nos próximo tempos, um dia antes do discurso da União pelo presidente Joe Biden.
O índice do dólar da Bloomberg – que compara a força da nota verde contra dez divisas rivais – sobe 0,18% para 103,10 pontos.
Pela primeira vez desde o início de novembro, o índice superou a média móvel a 21 dias.
Já o euro recua ligeiramente (-0,06%) para 1,0788 dólares.
No Japão, o iene sobe 0,16% para 0,0076 dólares, depois de ter chegado a recuar cerca de 1%, após a notícia do diário Nikkei que dava conta que o Governo japonês terá abordado o vice-governador do banco central do país, Masayoshi Amamiya, para suceder a Haruhiko Kuroda na liderança do Banco do Japão.
Mais tarde, fonte oficial de Tóquio desmentiu a notícia. Já em declarações, a Bloomberg, o Executivo japonês recusou comentar estes factos.
Ouro recupera ligeiramente, depois da queda de sexta-feira
O ouro valoriza, depois de ter caído 2,5%, pressionado pelos números do mercado de trabalho nos EUA.
O metal amarelo segue assim a subir 0,78% para 1.879,59 dólares a onça. Platina segue esta tendência positiva, enquanto prata e paládio estão em queda.
Os números sobre o emprego e desemprego, divulgados na sexta-feira, deram conta de um mercado de trabalho robusto, sustentando a continuação de uma política monetária restritiva da Reserva Federal norte-americana (Fed).
A política monetária "hawkish" tende a favorecer o dólar, tornando as matérias-primas denominadas na nota verde, como é o caso do ouro, mais caras para os investidores que negoceiam com outras moedas.
Boas perspetivas da China e embargo russo impulsionam petróleo. Gás recua
Depois de cair para mínimos de um mês, o petróleo valoriza ligeiramente, impulsionado pelas declarações do diretor da Agência Internacional de Energia (AIE), Faith Birol, que afirmou este fim de semana que a China pode estar pronta para uma recuperação mais sólida do que o esperado, o que deve aumentar a procura pelo petróleo.
O movimento acontece ainda um dia depois da entrada em vigor da segunda fase de embargo da UE ao crude russo. Bruxelas, depois de ter cortado (com algumas exceções) a 5 de dezembro as importações via marítima de crude russo, implementou este domingo a segunda fase do boicote, ao fazer o mesmo com os produtos refinados.
Assim, o West Texas Intermediate (WTI) – referência para as importações norte-americanas – cresce 0,60% para 73,83 dólares por barril. Já o Brent do Mar do Norte – negociado em Londres – soma 0,79% para 80,57 dólares por barril.
No mercado do gás, a matéria-prima negociada em Amesterdão – que serve de referência para o mercado europeu – (TTF) desvaloriza 0,5% para 57,60 euros por megawatt-hora, depois de ter começado as negociações a perder mais de 1%.
Os níveis de armazenamento de gás do bloco caíram recentemente, mas mantêm-se em máximos de cinco anos. Além disso, apesar da descida das temperaturas esta semana, a Maxar Technologies aponta para uma subida dos termómetros já a partir da próxima semana.
Tensão entre China e EUA aponta Europa para o vermelho
A Europa deve arrancar a primeira sessão da semana no vermelho, com as relações diplomáticas entre EUA e China e o futuro da política monetária norte-americana no radar.
Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 deslizam 0,7%.
Na Ásia, a sessão encerrou de forma mista. Na China, o tecnológico Hang Seng desvalorizou 2,17% e encerrou em mínimos de um mês, enquanto Xangai deslizou 0,76%.
Já na Coreia do Sul, o Kospi valorizou 1,79%. No Japão, o Nikkei cresceu 0,67% e o Topix somou 0,45%.
Os investidores estão atentos ao desenrolar das relações diplomáticas entre Washington e Pequim.
A China acusou este domingo os Estados Unidos de "terem exagerado e violado as práticas internacionais" com a decisão de abater um balão chinês, a sobrevoar território norte-americano há vários dias, acrescentando que "se reserva o direito" de retaliar.
Detetado pela primeira vez na terça-feira, o balão chinês sobrevoou a América do Norte durante vários dias, antes de ser abatido no sábado por um míssil lançado de um caça F-22, disse o Pentágono.
Durante este domingo e esta segunda-feira, Antony Blinken, o Secretário de Estado dos EUA, devia ter visitado a China, porém este episódio levou ao adiamento da viagem.