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Estados Unidos alargam sanções sobre a Rússia
A administração norte-americana anunciou esta tarde a terceira vaga de sanções sobre o Kremlin. As penalizações incidem sobre 7 oficiais e 17 empresas.
As ameaças confirmaram-se. Os Estados Unidos alargaram as sanções sobre a Rússia. A lista foi publicada esta segunda-feira, 28 de Abril, e segue-se às declarações de Barack Obama, que anunciou o alargamento das penalizações sobre Moscovo.
Na terceira vaga de sanções estão incluídos 7 cidadãos russos, dos quais se destacam o CEO da petrolífera Rosneft, Igor Sechin, o representante presidencial russo na região da Crimeia, Oleg Belavantsev, e o vice primeiro-ministro Dmitry Kozak. Há 17 empresas na lista da administração de Barack Obama.
Para o Presidente dos Estados Unidos o novo pacote de sanções pretende “focar-se na área de exportação de alta tecnologia de defesa” da Rússia. Em declarações aos jornalistas em Manila, capital das Filipinas, Obama salientou que o objectivo “não é atacar pessoalmente” Vladimir Putin. O chefe de Estado norte-americano pretende que o Presidente russo “mude a estratégia” e que tenha em conta que as acções actuais “podem ter um impacto adverso na economia russo”, alertou, citado pela Bloomberg.
Representantes dos 28 países da União Europeia (UE) estão reunidos em Bruxelas para discutir se vão acompanhar os Estados Unidos no alargamento das sanções sobre responsáveis russos.
Durante o fim-de-semana, os países do G7 e a União Europeia, que representam os países mais industrializados do mundo, já tinham anunciado o aumento da pressão sobre Moscovo no início desta semana.
A China discorda da política de penalizações sobre os responsáveis russos. Para o ministro dos Negócios Estrangeiros, Qin Gang, as sanções “não ajudam a resolver o problema”, e, pelo contrário, “pioram a situação” e “não servem os interesses das duas partes, referiu, citado pela Bloomberg.
O anúncio do alargamento das sanções ocorre depois de esta manhã o presidente da Câmara Municipal de Kharkiv, Gennady Kernes, ter sido baleado nas costas. O responsável pela segunda maior cidade da Ucrânia encontra-se em cirurgia no hospital.
Durante o fim-de-semana, separatistas pró-russos terão raptado 140 pessoas, inclusive 13 observadores da missão da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE), na cidade ucraniana de Slovyansk. A informação foi confirmada hoje pela porta-voz dos serviços de segurança ucranianos, Maryna Ostapenko.