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Economia alemã evita contração, mas acaba 2019 com pouca força

A economia alemã evitou a contração no último trimestre do ano passado, mas a maior economia da Europa manteve-se estagnada face aos três meses anteriores. Os dados mostram uma possível contração no início de 2020.

EPA
14 de Fevereiro de 2020 às 08:07
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A economia alemã evitou a contração no último trimestre do ano passado, mas manteve-se estangada, deixando a hipótese de uma queda no PIB (produto interno bruto) para o início de 2020, devido ao impacto do coronavírus. 

O PIB germânico ficou inalterado face ao trimestre anterior, num ano em que a produção industrial conheceu a maior queda dos últimos dez anos. O instituto de estatística do país reviu ainda o PIB do terceiro trimestre em alta, de forma ligeira. O PIB da Alemanha aumentou para 0,2% entre julho e setembro, face à primeira estimativa de 0,1%.

O Deutsche Bank antevia uma contração da maior economia europeia no último trimestre de 2019, o que colocava a possibilidade de esta se prolongar para os primeiros três meses deste ano. Dois trimestres seguidos em contração colocaria a economia em recessão técnica.

Em termos homólogos, o produto interno bruto cresceu 0,4% no quarto trimestre, em termos ajustados aos efeitos de calendário e à inflação.

Enquanto se esperava que o ano de 2020 fosse de recuperação, ainda que modesta, a questão do encerramento de fábricas no continente asiático, principalmente na China, está a ativar os alarmes. 

O principal motor da economia alemã - o setor automóvel - tem uma forte presença no território chinês, pelo que tem sido um dos principais prejudicados. A Volkwagen esteve entre as empresas que foi obrigada a encerrar as fábricas no país devido ao vírus e a Daimler anteviu uma queda na procura chinesa por automóveis e, consequentemente, um recuo nas vendas num dos principais clientes da empresa.

Na semana passada, os números mostraram que o setor industrial na Alemanha teve a maior queda desde a crise financeira, em 2007, facto que retraiu os investidores e levou algumas empresas a mostrarem maior cautela nas suas perspetivas para este ano. 

(notícia atualizada às 08:39)

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