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DGS desmente que aborto legal já tenha custado 100 milhões de euros

Embora não tenha ainda concluído o "balanço da nova lei", o director-geral de Saúde desmente os números avançados pela Federação Portuguesa pela Vida.

10 de Fevereiro de 2011 às 18:30
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“Os dados referentes à Interrupção da Gravidez em 2010 serão apresentados no fim do primeiro trimestre de 2011”. Porém, “este facto não impede a oportunidade em desmentir dados publicados em alguns órgãos da comunicação social nos dias 9 e 10 de Fevereiro de 2011”, lê-se no comunicado assinado por Francisco George enviado esta tarde às redacções.

Em causa estão os valores avançados pela presidente da Federação Portuguesa pela Vida, Isilda Pegado, que, em declarações ontem ao “DN”, revelou que já terão sido feitos cerca de 60 mil abortos desde 2007 o que terá custado ao Estado, segundo as suas contas, perto de cem milhões de euros.

Para chegar a estes resultados, a Federação Portuguesa pela Vida teve como base de cálculo os cerca de 60 mil abortos que terão sido realizados desde o segundo semestre de 2007 até ao final de 2010 a um custo médio por abordo de 400 euros, bem como “outros custos sociais associados” como o subsídio pago à mulher que aborta (um mês de ordenado completo) – tendo como referência um salário de mil euros -, as despesas com deslocações, entre outras.

Contudo, e apesar de não estar concluído o “Balanço da nova lei”, Francisco George vem dizer que “as despesas apontadas por alguns pretensos estudos não têm qualquer rigor” uma vez que as “trabalhadoras não qualificadas (19%), estudantes (18%), desempregadas (17%) e agricultoras, operárias e artífices (16%) que constituem a grande maioria das mulheres (70%) que optaram por uma interrupção da gravidez em 2009, não auferem, seguramente, um salário médio de mil euros, como alguns fazem crer”, conclui.

Questionado sobre estes mesmos dados, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Manuel Pizarro, afirmou hoje que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) “está a fazer a sua obrigação” ao permitir a interrupção voluntária da gravidez em condições de humanização e de segurança.

Ontem, a Federação Portuguesa pela Vida entregou no Parlamento uma petição com mais de 5.500 assinaturas a exigir a revisão da regulamentação da lei do aborto.
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