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Corridas de cavalos em Portugal permitem a criação de dez mil empregos

A legalização no nosso país das apostas em corridas de cavalos (apostas mútuas hípicas urbanas), a exemplo do que acontece nos restantes países da Europa, permitiria a criação de dez mil postos de trabalho directos e constituiria bases para, num prazo de

25 de Agosto de 2005 às 08:26
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A legalização no nosso país das apostas em corridas de cavalos (apostas mútuas hípicas urbanas), a exemplo do que acontece nos restantes países da Europa, permitiria a criação de dez mil postos de trabalho directos e constituiria bases para, num prazo de dois anos, se atingir um volume de negócios superior a mil milhões de euros.

Segundo noticiou o «Correio da Manhã», a nova lei, que é reclamada há mais de dez anos, já esteve por duas vezes à beira da aprovação mas, em ambos os casos, 2001 e 2005, acabou por não passar das intenções devido à queda do Governo.

Agora, os responsáveis nacionais do sector, tanto criadores, como proprietários, organizadores de corridas e até a Federação Portuguesa Equestre, têm esperança de que o assunto se resolva até meados do próximo ano.

Fernando de Figueiredo, director do Hipódromo de Ponte de Lima (o único existente em Portugal), disse ao «Correio da Manhã» que "o facto deste primeiro-ministro ser sensível às questões sociais e do ambiente, dá-nos um ânimo redobrado quanto à rápida resolução deste problema, a nosso ver, sem sentido".

Segundo este responsável, a legalização das apostas seria benéfica a todos os níveis, mas sobretudo no que concerne ao emprego e à criação de riqueza.

«Quando isso acontecer, dispara a criação de cavalos em Portugal e, em consequência disso ganha a agricultura, a indústria correeira, as empresas de transportes, estruturas organizadoras de corridas e até as empresas de construção civil, já que uma nova lei levará, inevitavelmente, à construção de vários hipódromos no país», sublinhou Fernando de Figueiredo.

Os estudos mais recentes indicam que em Portugal há, pelo menos, dois milhões de potenciais apostadores, que poderão realizar cerca de 300 milhões de apostas por ano.

De resto, é notório o gosto popular pelas corridas de cavalos, pelo menos, a aferir pelas presenças registadas no Hipódromo de Ponte de Lima. Segundo Fernando de Figueiredo, as doze corridas anuais ali realizadas contam com uma média de três mil espectadores casa uma. Para além disso, no próprio hipódromo, chegam a fazer-se (essas são permitidas) mais de cinco mil apostas por tarde.

«O problema é que, desta forma, os montantes são irrisórios, já que as apostas são de 25 cêntimos cada uma. Se não fosse uma boa política de apoios que, nos últimos tempos, temos negociado, o hipódromo já teria encerrado», afirma o director.

De resto, as corridas de cavalos são a segunda maior empresa de França, com um volume de negócios a rondar os 7,5 mil milhões de euros. Existe até um canal de televisão por cabo, só para as corridas, que é o segundo mais requerido, com dez milhões de assinantes.

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