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Confiança dos consumidores e clima económico recuam de máximos

A confiança dos consumidores diminuiu em Agosto, interrompendo a trajectória positiva registada desde o início de 2013, revela o INE.

Miguel Baltazar/Negócios
30 de Agosto de 2017 às 09:43
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Depois de ter atingido, em Julho, o nível mais alto dos últimos 20 anos, o indicador que mede a confiança dos consumidores diminuiu em Agosto, interrompendo a trajectória positiva que se iniciou no início de 2013. Esta é a primeira vez desde Agosto do ano passado que a confiança dos consumidores portugueses recua.  

 

"O indicador de confiança dos consumidores diminuiu em Agosto, após ter atingido no mês anterior o valor máximo da série iniciada em Novembro de 1997, interrompendo a trajectória positiva observada desde o início de 2013", revela o Instituto Nacional de Estatística (INE) esta quarta-feira, 30 de Agosto.

 

O INE justifica esta descida com o contributo negativo do saldo das expectativas relativas à evolução do desemprego e da situação financeira do agregado familiar, já que as expectativas sobre a evolução da poupança e da situação económica do país tiveram um contributo positivo para o indicador geral da confiança.

 

Os dados mostram que as opiniões sobre a evolução da situação da economia portuguesa estabilizaram em Agosto no nível mais alto desde o início da série, em Novembro de 1997, enquanto as expectativas em relação à economia voltaram a aumentar, prolongando a trajectória de subida verificada desde Setembro.

 

Pelo contrário, as perspectivas relativas à situação financeira do agregado familiar caíram, depois de onze meses consecutivos de melhoria.

 

De uma forma geral, apesar de estarem mais confiantes sobre a evolução da economia portuguesa, os consumidores têm mais reservas quanto à situação financeira do agregado familiar, ainda que acreditem que vão conseguir poupar mais.

 

Indicador de clima económico também desce em Agosto

 

Os dados do INE mostram que, em Agosto, também o indicador de cima económico desceu pela primeira vez desde o início do ano, depois de ter atingido no mês passado o nível mais elevado desde Maio de 2002.

 

Em Agosto, os indicadores de confiança diminuíram na Indústria Transformadora, no Comércio e nos Serviços, tendo aumentado na Construção e Obras Públicas.

 

"O indicador de confiança da Indústria Transformadora diminuiu em Julho e Agosto, interrompendo a trajectória positiva iniciada em Junho de 2016. No mês de referência, as perspectivas de produção e as opiniões sobre a evolução dos stocks de produtos acabados contribuíram negativamente para o comportamento do indicador, enquanto as opiniões sobre a procura global apresentaram um contributo positivo", indica o INE.

 

Por outro lado, o indicador de confiança da Construção e Obras Públicas aumentou nos últimos oito meses, tendo atingido um máximo desde Setembro de 2002. 


(Notícia actualizada às 10:16)

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