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Como está Portugal depois do colapso do Lehman em 11 gráficos

Numa década muita coisa muda. No caso dos últimos dez anos, isso ainda é mais verdade quando se fala da economia portuguesa.

PIB ainda não regressou ao nível pré-crise, mas já Cresce há 5 anos

PIB ainda não regressou ao nível pré-crise, mas já Cresce há 5 anos

O PIB cresceu em 2017 ao maior ritmo dos últimos 17 anos, mas isso não foi suficiente para compensar o valor que foi destruído durante a crise. Só no final deste ano é que a economia portuguesa deverá ultrapassar o máximo histórico atingido em 2008.

Consumo continua a ser o grande motor, mas pesa menos

Consumo continua a ser o grande motor, mas pesa menos

O peso do consumo desceu ligeiramente, o que travou o avanço das importações, melhorando assim as contas externas do país. Mas a queda foi pequena. O consumo continua a representar a principal fatia da economia portuguesa, um peso que está acima da média da Zona Euro.

Investimento tem vindo a recuperar, mas pouco

Investimento tem vindo a recuperar, mas pouco

Este é um indicador que não melhorou o suficiente. O investimento público e privado está aquém dos valores do passado. Em Portugal o investimento representa apenas 16,2% do PIB enquanto a média da Zona Euro é de 20,5%.

Peso das exportações aumentou mais de 10 pontos percentuais

Peso das exportações aumentou mais de 10 pontos percentuais

É aqui que reside a principal transformação da economia portuguesa nos últimos dez anos. Aproximando-se da estrutura das economias na Zona Euro, o PIB português está agora mais ancorado nas vendas ao exterior. As exportações já pesam 43,1% do PIB.

Importações recuperaram, mas menos do que as exportações

Importações recuperaram, mas menos do que as exportações

Tal como nas exportações, o peso das importações no PIB está em máximos históricos. Mas isto não significa que a economia portuguesa tenha regressado a velhos hábitos. As exportações continuam a ganhar terreno sem que isso se traduza num disparar das importações, como acontecia na década anterior.

Rácios de capital quase duplicaram em dez anos

Rácios de capital quase duplicaram em dez anos

Com o apertar das regras a nível europeu, os bancos iniciaram um processo de recapitalização que levou à melhoria dos seus rácios de capital, que atestam a solidez de um banco, o que poderá indicar que estão mais bem preparados para uma nova crise. Numa década, os rácios de capital passaram quase para o dobro no caso dos bancos portugueses.

Política do BCE levou juros a dez anos para mínimos históricos

Política do BCE levou juros a dez anos para mínimos históricos

A Europa foi essencialmente afectada por contágio, o que despoletou a crise das dívidas soberanas. O Banco Central Europeu (BCE) demorou a entrar no terreno, mas quando o fez, sob o comando de Mario Draghi, o impacto nos juros foi grande. Tal ainda se nota actualmente: os juros portugueses estão em mínimos históricos.

Malparado está em queda, mas é mais do dobro da média europeia

Malparado está em queda, mas é mais do dobro da média europeia

O sistema financeiro global esteve no epicentro da crise de 2008. Os estragos foram muitos, nomeadamente na banca. Houve muitos bancos a falir e os que sobreviveram mantêm no seu balanço o legado da crise financeira. Esse legado vê-se no rácio do malparado em Portugal, que representa o peso dos empréstimos em incumprimento: é o dobro da média europeia.

Dívida está a descer, mas continua a ser das maiores do mundo

Dívida está a descer, mas continua a ser das maiores do mundo

A dívida pública portuguesa subiu de cerca de 70% antes da crise para o pico de 130% do PIB. São 60 pontos percentuais de diferença que têm várias fontes: mais défices orçamentais, dívidas que não estavam no perímetro das administrações públicas e a contracção do PIB que piora o rácio. Agora está no caminho inverso, mas o percurso será longo. O nível de endividamento português continua a ser um dos mais elevados do mundo.

Endividamento das famílias e empresas abaixo do pré-crise

Endividamento das famílias e empresas abaixo do pré-crise

O ritmo de redução do endividamento tem sido maior nas empresas e nas famílias, depois do auge da crise que revelou a incapacidade dos privados de fazer face às dívidas a que se tinham comprometido. No caso das empresas passaram de um pico de 170% do PIB para 133%. Já as famílias viram o seu endividamento baixar de um pico de 95% para 72%. Esta desalavancagem dos privados é importante para criar margem de manobra numa próxima crise.

Défice orçamental atingiu o valor mais baixo da democracia

Défice orçamental atingiu o valor mais baixo da democracia

Depois de um longo caminho de austeridade e ajustamento orçamental, o défice aproxima-se cada vez mais dos 0% num momento em que o ciclo da economia é positivo. Este é um dos indicadores que contribui para o aumento da confiança dos mercados e, em última análise, para a redução da dívida pública (ou, pelo menos, para não a aumentar mais).

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Depois de recorrer a um pedido de ajuda externa, passar por um programa de austeridade e fazer uma saída "limpa", Portugal está melhor em vários aspectos, mas há pontos cruciais em que está pior. A economia está mais saudável, mas o legado da crise continua a pesar no malparado dos bancos e na dívida pública.

Veja nos 11 gráficos em cima como a economia portuguesa mudou nos 10 anos desde o colapso do Lehman.
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