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Mário Centeno no almoço com Draghi

O Ministro das Finanças também vai estar presente no almoço com o presidente do BCE, que está em Lisboa para uma reunião do Conselho de Estado. O encontro é patrocinado pelo Presidente da República. A banca é o prato forte.

Miguel Baltazar
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O ministro das Finanças, Mário Centeno, também vai estar no almoço com Mario Draghi, que antecede o Conselho de Estado, apurou o Negócios. Em cima da mesa vão estar várias matérias relevantes para a banca nacional, desde a capitalização da Caixa Geral de Depósitos, à venda do Novo Banco, passando por questões relacionadas com o conjunto do sistema financeiro, como o crédito mal parado.

O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, almoça esta quinta-feira em Belém, com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o primeiro-ministro, António Costa, e o governador do Banco de Portugal, Carlos Costa.

Draghi é o convidado especial do primeiro Conselho de Estado da era Marcelo na Presidência, estando previsto que o presidente do BCE fale sobre a situação económica e financeira europeia.

No entanto, deverá ser à mesa do almoço que serão tratados vários dossiers sensíveis para a banca nacional e que têm concentrado as atenções dos responsáveis políticos.

O Negócios revela na edição de hoje que a Caixa Geral de Depósitos vai ser o prato principal do encontro, numa tentativa de sensibilizar o regulador europeu para a necessidade de recapitalizar a CGD, mas mantendo-a totalmente pública. 

O Governo tem gerido o dossier Caixa com reserva e sem pressa. Apesar do mandato da actual administração ter terminado no final do ano passado, o Executivo de António Costa ainda não designou os novos responsáveis, estando a avaliar os perfis que se pretendem para construir uma administração robusta e consensual, apurou o Negócios.

Além da Caixa há outros temas na agenda das autoridades nacionais para abordar no encontro. O modelo de regulação em Portugal - Costa quer alterar o desenho desta área -, uma questão que também tem influência na escolha dos novos membros do Conselho de Administração do Banco de Portugal e o processo de venda do Novo Banco (nesta matéria o Governo já não afasta o cenário de nacionalização).

A solução para a estrutura accionista do BPI também pode estar presente no almoço, a três dias do prazo dado pelo BCE para reduzir a exposição a Angola. Assim como assuntos que respeitam ao sistema financeiro como um todo, como o crédito mal parado e a pressão do BCE para a venda de activos não rentáveis.
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