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Catalunha deverá adiar debate parlamentar para terça-feira

A imprensa espanhola adianta que o Governo vai aprovar um decreto para facilitar a transferência da sede das empresas daquela região. Além do Sabadell e CaixaBank, também a Gas Natural e a Abertis preparam mudança.

Reuters
06 de Outubro de 2017 às 11:28
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O Parlamento catalão poderá adiar para terça-feira o debate que estava agendado para o dia anterior, e que foi suspenso pelo Tribunal Constitucional. Fontes parlamentares, citadas pela agência Efe, explicaram que Carles Puidgemont, líder do governo autonómico, pediu para comparecer na terça-feira para explicar "a situação política atual". 

Anteriormente, a Reuters noticiou que a Catalunha iria desafiar a deliberação do Tribunal e manter o debate de segunda-feira, depois de o responsável dos assuntos externos do parlamento catalão ter garantido à BBC que a sessão se mantinha. 

 

"O Parlamento vai discutir, o Parlamento vai reunir. Vai haver um debate, e isso é importante", assegurou Raul Romeva em declarações à BBC esta sexta-feira. Romeva acrescentou que a crise na região só poderá ser resolvida pela via política, e não pela via judicial.

 

Na quinta-feira, o Tribunal Constitucional decidiu suspender a sessão parlamentar marcada para o início da próxima semana. O objectivo do debate é discutir os resultados do referendo de domingo, mas a sessão poderia ser aproveitada por Carles Puidgemont, líder do governo autonómico, para declarar a independência, depois de ter assegurado, esta semana, que o faria "dentro de dias".

 

"O Plenário do Tribunal Constitucional, por unanimidade, admitiu o recurso apresentado na manhã de hoje pelo Partido Socialista da Catalunha contra a decisão, adoptada pela mesa do Parlamento da Catalunha de 4 de Outubro, de convocar a celebração do plenário para que o presidente da Generalitat, Carles Puigdemont, ‘avalie os resultados do referendo de 1 de Outubro e os seus efeitos’", segundo a nota de imprensa.

 

O primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, disponibilizou-se para conversações com todos os partidos, de forma a encontrar uma solução para a crise, abrindo a porta a um possível acordo que conferisse mais autonomia à Catalunha. No entanto, votou a rejeitar a independência da região e a proposta de Puidgemont de uma mediação internacional do conflito.

 

Segundo a Reuters, membros do Partido Popular disseram que o chefe do Executivo está a considerar invocar a constituição para dissolver o parlamento regional e forçar eleições na Catalunha.

 

Governo vai facilitar saída das empresas da Catalunha

 

De acordo com o El País, o Governo espanhol vai aprovar esta sexta-feira um decreto para facilitar a mudança da sede das empresas da Catalunha para outra região do país.

 

Na quinta-feira, o Banco Sabadell decidiu transferir a sua sede para Alicante e, de acordo com o El País, o CaixaBank vai aproveitar o decreto do Governo para mudar a sua sede para Palma de Maiorca.

 

O Expansión adianta que também a Gas Natural, a Abertis e a Catalana Occidente estão a estudar a saída da Catalunha. 

(Notícia actualizada às 12:14)

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