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Câmara dos Deputados revoga decisão e aprova destituição de Dilma Rousseff
O presidente interino da Câmara dos Deputados do Brasil revogou a decisão que anulou a sessão de destituição da Presidente Dilma Rousseff, refere uma nota oficial de Waldir Maranhão.
"Comunico que revoguei a decisão por mim proferida em 9 de Maio de 2016, por meio da qual foram anuladas as sessões de plenário da Câmara dos Deputados ocorridas nos dias 15, 16 e 17 de Abril de 2016, nas quais se deliberou sobre a Denúncia por Crime de Responsabilidade", lê-se no documento emitido por Waldir Maranhão.
De acordo com o jornal Folha de São Paulo, o documento de Maranhão "revoga a sua própria decisão" de anular a sessão da Câmara dos Deputados que autorizou a abertura do processo de destituição da chefe de Estado.
Maranhão, interinamente à frente da Câmara após o afastamento de Eduardo Cunha, decidiu acatar a queixa apresentada pela defesa de Dilma por considerar que o processo decorreu com vários vícios.
Ontem mesmo, o Senado reagiu a esta decisão de Maranhão garantindo que iria prosseguir com a análise à destituição de Dilma. A decisão foi anunciada por Renan Calheiros, presidente do Senado, que "não reconheceu" a deliberação do presidente interino da Câmara dos Deputados do Brasil.
Roberto Lira (PMDB), o presidente da comissão especial do Senado onde está a correr o processo de "impeachment", também decidira prosseguir com as etapas programadas, de acordo com a rádio Estadão.
Está previsto que, nesta quarta-feira, 11 de Maio, o plenário do Senado vote a admissibilidade do pedido de "impeachment" entregue pela Câmara dos Deputados, depois do voto positivo (15 contra cinco) ocorrido na semana passada na comissão especial. Já a oposição ameaçou levar o caso ao Supremo.
Waldir Maranhão é membro do PP, partido, tal como o PMDB, até há pouco aliado do PT de Dilma e Lula, e está igualmente a ser investigado na operação Lava Jato, tal como o seu antecessor Eduardo Cunha.
(Notícia actualizada às 09:13)