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Câmara Luso-Chinesa: Bancos chineses "vêm a seguir"

O vice-presidente da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Chinesa acredita que a entrada da Three Gorges no capital da EDP abre a porta a novos investimentos daquele país em Portugal, sendo a banca o sector que se segue.

29 de Dezembro de 2011 às 19:37
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Ilídio Serôdio disse à Lusa que a relação Portugal-China "é um namoro com 15 ou 20 anos e só agora está a acontecer alguma coisa, porque até agora não havia grandes negócios e estes [EDP e REN] têm interesses estratégicos", admitindo que "os bancos vêm a seguir".

Os bancos chineses "deverão entrar no BCP e talvez no BES, o que é bom", acrescentou à Lusa. Para o também presidente do grupo Profabril, de imediato, o investimento dos chineses dá a Portugal "uma coisa muito importante: investimento estrangeiro, que estava a fugir do país. Não vai resolver os problemas de fundo, mas mostra que alguém está interessado no nosso mercado, quando estávamos a perder todo o investimento directo estrangeiro".

Ilídio Serôdio destacou que "como ainda há algumas coisas para vender, não só do Estado, pode ser que abra caminho a uma positividade no pensamento dos investidores estrangeiros". Em contrapartida, o responsável duvida que a chegada dos chineses potencie a internacionalização de empresas portuguesas para aquele mercado, porque "estão todas de rastos em termos financeiros".

"Há cada vez mais interessados na China, mas 98% são pequenas e médias empresas [PME] sem capacidade financeira para darem o grande salto de investimento", realçou. Na Câmara de Comércio e Indústria Luso-chinesa, acrescentou, "tem havido cada vez mais pedidos de informações, mas investimento forte não tem havido muito".

Na sexta-feira, os chineses da Three Gorges Corporation vão assinar o acordo para a aquisição de 21,35% do capital da EDP, um investimento de 2,7 mil milhões de euros, que contempla ainda um investimento de dois mil milhões de euros em projectos eólicos até 2015, comprometendo-se ainda a melhorar o perfil de crédito da eléctrica, através de linhas de crédito de quatro mil milhões de euros junto de bancos chineses.

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