Notícia
Brexit: UE desconfia que Londres está a atrasar compromissos nas negociações
De acordo com telegramas enviados de Bruxelas para os Estados-membros da UE, a equipa negociadora receia que o Governo de Boris Johnson esteja a atrasar compromissos.
08 de Setembro de 2020 às 10:30
Os dirigentes da União Europeia (UE) desconfiam que o Reino Unido está a deixar cedências nas negociações para um acordo de comércio pós-Brexit para o último momento, de acordo com documentos internos citados hoje pelo jornal The Guardian.
De acordo com telegramas enviados de Bruxelas para os Estados-membros da UE, a equipa negociadora receia que o Governo de Boris Johnson esteja a atrasar compromissos para as principais questões das pescas, apoios estatais e resolução de disputas para poder fazer uma "troca" de última hora.
A estratégia foi descrita como "preocupante" devido à complexidade das questões porque poderá ser "tarde demais" para conseguir consensos entre os 27.
"Esses pontos não serão fáceis de resolver com apenas um telefonema entre os líderes", disse um funcionário da comissão a diplomatas da UE, citado pelo Guardian.
Mas o Governo britânico alega que o impasse nas negociações é da responsabilidade da UE, a quem o negociador-chefe britânico, David Frost, pediu hoje "mais realismo" durante a oitava ronda de negociações, que tem lugar esta semana.
Os dois lados estão a negociar o formato das futuras relações comerciais há seis meses, desde a saída formal do Reino Unido do bloco, a 31 de janeiro, mas o progresso tem sido mínimo e a recente troca de acusações arrisca acabar em colapso nas próximas semanas.
Na segunda-feira, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, estabeleceu um prazo de cinco semanas para se chegar a um acordo antes do Conselho Europeu de 15 de outubro, para que seja possível entrar em vigor até ao final do ano, fim do período de transição pós-Brexit.
Hoje, Frost disse que os dois lados "não se podem dar mais ao luxo de pisar terreno já trilhado" e pediu "mais realismo" do negociador-chefe da UE, Michel Barnier.
As duas partes continuam aparentemente distantes em várias questões, nomeadamente sobre regras para as empresas, até que ponto o Reino Unido pode apoiar certas indústrias e sobre o acesso da frota de pesca da UE às águas britânicas.
A tensão entre as duas partes aumentou na segunda-feira, após notícias de que o Governo britânico pretende introduzir legislação que poderá enfraquecer a parte do acordo de saída do Reino Unido relativamente à Irlanda do Norte, o que Bruxelas considera pôr em risco os compromissos feitos na altura.
De acordo com telegramas enviados de Bruxelas para os Estados-membros da UE, a equipa negociadora receia que o Governo de Boris Johnson esteja a atrasar compromissos para as principais questões das pescas, apoios estatais e resolução de disputas para poder fazer uma "troca" de última hora.
"Esses pontos não serão fáceis de resolver com apenas um telefonema entre os líderes", disse um funcionário da comissão a diplomatas da UE, citado pelo Guardian.
Mas o Governo britânico alega que o impasse nas negociações é da responsabilidade da UE, a quem o negociador-chefe britânico, David Frost, pediu hoje "mais realismo" durante a oitava ronda de negociações, que tem lugar esta semana.
Os dois lados estão a negociar o formato das futuras relações comerciais há seis meses, desde a saída formal do Reino Unido do bloco, a 31 de janeiro, mas o progresso tem sido mínimo e a recente troca de acusações arrisca acabar em colapso nas próximas semanas.
Na segunda-feira, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, estabeleceu um prazo de cinco semanas para se chegar a um acordo antes do Conselho Europeu de 15 de outubro, para que seja possível entrar em vigor até ao final do ano, fim do período de transição pós-Brexit.
Hoje, Frost disse que os dois lados "não se podem dar mais ao luxo de pisar terreno já trilhado" e pediu "mais realismo" do negociador-chefe da UE, Michel Barnier.
As duas partes continuam aparentemente distantes em várias questões, nomeadamente sobre regras para as empresas, até que ponto o Reino Unido pode apoiar certas indústrias e sobre o acesso da frota de pesca da UE às águas britânicas.
A tensão entre as duas partes aumentou na segunda-feira, após notícias de que o Governo britânico pretende introduzir legislação que poderá enfraquecer a parte do acordo de saída do Reino Unido relativamente à Irlanda do Norte, o que Bruxelas considera pôr em risco os compromissos feitos na altura.