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Reino Unido e UE intensificam negociações do Brexit e dia 15 há reunião
O Reino Unido e a União Europeia acordaram em intensificar o calendário de conversações comerciais no âmbito do Brexit.
Londres e Bruxelas acordaram em intensificar o calendário de conversações com vista a definir o enquadramento de um futuro acordo comercial bilateral entre o Reino Unido e a União Europeia, avançou a Bloomberg.
Este "calendário intensificado" envolve um mix de rondas formais de negociação e reuniões com grupos mais pequenos, tanto em Londres como em Bruxelas.
Nos termos do que foi delineado, haverá conversações todas as semanas, durante cinco semanas, a começar a 29 de junho.
Antes disso, na próxima segunda-feira, 15 de junho, realiza-se uma cimeira com os líderes políticos de ambos os lados.
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, vão realizar assim no dia 15 um reunião virtual para debaterem a trajetória ds negociações comerciais pós-Brexit. Estarão também presentes nesta cimeira o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, e o presidente do Parlamento Europeu, David Sassoli.
A política das pescas é um dos pontos em destaque nas conversações, com os Estados-membros da UE a quererem manter o mesmo acesso às águas britânicas que tinham quando o Reino Unido ainda era membro do bloco, sublinha a City.Am.
Mas o principal negociador do lado britânico, David Frost, não coloca esta possibilidade no baralho e pede um acordo de "anexo zonal" que pode ser periodicamente avaliado.
Recorde-se que a 1 de junho arrancou uma nova ronda de negociações – relativa à futura parceria comercial após a saída do Reino Unido da UE – mas esta terminou no dia 5 sem "progressos significativos", lamentou o chefe da equipa responsável pela condução das conversações pelo lado europeu, Michel Barnier.
Agora, com este esforço redobrado, surge um novo otimismo quanto a um possível entendimento – o Reino Unido, recorde-se, admitiu abandonar as negociações se não houver suficiente progresso.
O Reino Unido abandonou oficialmente a UE no passado dia 31 de janeiro, mas permanece inserido no seu espaço económico e regulatório até ao final do ano, durante o chamado período de transição.
Os dois lados – que procuram então negociar e adotar até ao final do ano um Acordo de Comércio Livre que acomode os respetivos interesses económicos estratégicos, quer defensivos quer ofensivos – estão num impasse, numa altura em que o prazo para uma extensão do período de transição (que decorre de 1 de fevereiro a 31 de dezembro de 2020) se aproxima a passos largos.
Apesar de o acordo de saída prever a possibilidade de o período transitório ser prorrogado por um período máximo de um ou dois anos (mediante acordo entre as Partes, antes de 1 de julho de 2020, permitindo uma decisão única nesse sentido), até agora o Reino Unido tem manifestado a intenção de cumprir o prazo inicialmente definido, ou seja, imperativamente até 31 de dezembro de 2020.