"É um primeiro passo que tem de ser consistente com uma política de IRC a prazo que ainda não está clara, mas é com certeza de redução do IRC", afirmou o banqueiro num seminário sobre o investimento no potencial agrícola no Alqueva.

"Isto é um factor determinante para que os investidores se sintam à vontade para realizar mais investimento", considerou Ricardo Salgado, frisando que há sempre um intervalo de tempo entre a altura em que o investimento é feito e quando passa a ser reprodutivo.

O presidente do BES lembrou ainda que tem defendido a necessidade de rever o IRC para "criar uma nova vaga de investimento" no país, salientando que sem investimento não há crescimento da economia, mas defendeu que "é preciso ter uma visão mais clara e a prazo do programa fiscal português nesse capítulo".

O Crédito Fiscal Extraordinário ao Investimento (CFEI) apresentado na quinta-feira poderá, no limite, reduzir a taxa efectiva de IRC para 7,5% face aos atuais 25% a que são tributadas as empresas, segundo o ministro das Finanças, Vítor Gaspar.

O seminário de hoje enquadra-se no âmbito de um 'road show' [apresentação] para promover o potencial do Alqueva junto de mercados estratégicos, que foi iniciado em Abril.

O evento contou com empresários agrícolas nacionais e cerca de 30 investidores da Alemanha, Holanda, França, Espanha, África do Sul e Angola.