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BE apresenta na próxima semana pacote legislativo sobre "offshores"

A porta-voz do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, indicou hoje que o partido irá apresentar na próxima semana um pacote legislativo em torno das "offshores", com a praça financeira da Madeira a integrar a matéria.

Catarina Martins: Levou o Bloco de Esquerda ao seu melhor resultado de sempre e foi decisiva para António Costa ter conseguido acordos à esquerda.
20 de Abril de 2016 às 23:36
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Esta quarta-feira noite, numa sessão pública em Lisboa, Catarina Martins anunciou algumas das "linhas gerais" do pacote legislativo em torno das "offshores", que, afiançou, será apresentado em breve na Assembleia da República.

 

"Achamos que a transparência é um passo essencial para resolver o problema", vincou a dirigente bloquista, que adiantou também que o partido fez um pedido ao Estado em torno das "offshores". "Pedimos ao Estado que nos identificasse se nalguma empresa do Estado há ligação com 'offshores'", declarou a porta-voz do BE.

 

No começo de Abril, o Bloco marcou um debate de actualidade no parlamento sobre as consequências dos paraísos fiscais, durante o qual, no plano nacional, insistiu no fim da praça financeira da Madeira.

 

A partir dos Papéis do Panamá (Panama Papers, em inglês) como já são conhecidos, a investigação refere que milhares de empresas foram criadas em "offshores" e paraísos fiscais para centenas de pessoas administrarem o seu património, entre eles rei da Arábia Saudita, elementos próximos do Presidente russo Vladimir Putin, o presidente da UEFA, Michel Platini, e a irmã do rei Juan Carlos e tia do rei Felipe VI de Espanha, Pilar de Borbón.

 

Este tema tem marcado a agenda política internacional e também portuguesa nas últimas semanas.

 

A maior investigação jornalística da história envolve o Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação (ICIJ, na sigla inglesa), com sede em Washington, e destaca os nomes de 140 políticos de todo o mundo, entre eles 12 antigos e atuais líderes mundiais.

 

A investigação resulta de uma fuga de informação e juntou cerca de 11,5 milhões de documentos ligados a quase quatro décadas de actividade da empresa panamiana Mossack Fonseca, especializada na gestão de capitais e de património, com informações sobre mais de 214 mil empresas "offshore" em mais de 200 países e territórios.

 

O semanário Expresso e o canal de televisão TVI estão a participar nesta investigação em Portugal.

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