Foi ao som de Stevie Wonder, apoiante do presidente, e ladeado pela mulher e filhas, que Barack Obama surgiu no Centro de Convenções de Chicago após ser reeleito para um segundo mandato na Casa Branca. Durante perto de 45 minutos, Obama falou do futuro. Falou de política. De amor e respeito. E de esperança. "O melhor ainda está para vir", garantiu.

"O nosso caminho tem sido difícil e longo. Mas temo-nos levantando e sabemos, nos nossos corações, que, para os Estados Unidos, o melhor ainda está para vir". Uma das primeiras mensagens do novo presidente dos Estados Unidos foi para todo os norte-americanos, para "todos os que participaram nas eleições", quer tenham "votado em mim ou em Mitt Romney".

"Quer estivessem do meu lado ou do lado de Romney, fizeram com que a vossa voz fosse ouvida. Fizeram a diferença."

Obama agradeceu a Joe Biden – "o melhor vice-presidente que alguém pode desejar" – e referiu-se à família de uma forma muito especial. "Não seria o homem que sou hoje sem a mulher que casou comigo há 22 anos. E já agora, Michele [Obama] nunca te amei tanto". Às duas filhas manifestou o quanto está orgulhoso delas mas garantiu-lhes "que, por agora, um cão é suficiente".

Obama falou ainda de política. Das divisões e do cinismo. Mas, em especial, da determinação e do orgulho. "Não estamos tão divididos como dizem. Nem somos cínicos como muitos querem fazer passar. Somos maiores do que a soma das partes."

"Apesar de todas as frustrações, nunca estive tão esperançoso em relação ao futuro. Em relação à América", disse Barack Obama. "Queremos um país que seja admirado e respeitado pelo mundo. Mas também um país que avance com confiança."

"A longa campanha chegou ao fim. Quer tenha ganho o vosso voto ou não, eu ouvi-vos. Tornaram-me um melhor presidente. Teremos uma Casa Branca mais determinada", garantiu o presidente hoje reeleito para um segundo mandato.

Obama não terminou o seu discurso sem antes dizer aos milhares de pessoas que o ouviam no Centro de Convenções de Chicago que "o trabalho não acabou" com o fim das eleições. "O vosso trabalho não termina no voto. A questão não é o que o país pode fazer por nós. Mas o que cada um pode fazer por nós."

(Notícia actualizada às 07h43)