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Antigo director da Tecnoforma afasta hipótese de "influência" de Passos Coelho nos contratos com autarquias

António Silva, ex-director comercial da Tecnoforma, garantiu hoje à agência Lusa que "nunca" teve conhecimento de "qualquer influência política" de Pedro Passos Coelho nos negócios da empresa quando este era administrador e Miguel Relvas tutelava a formação nas autarquias.

08 de Outubro de 2012 às 13:54
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Este antigo vereador na câmara de Mangualde (PSD) é hoje advogado nesta cidade e foi, a partir de finais de 2002, director comercial da Tecnoforma, empresa que o jornal Público refere hoje como tendo "crescido" com verbas geridas pelo então secretário de Estado, Miguel Relvas, responsável pelo Programa Foral, que funcionava com fundos europeus e do Estado português.

O Programa Foral, tutelado por Miguel Relvas enquanto secretário de Estado da Administração Local de 2002 a 2004, estava focado na área da formação com relevante incidência nas autarquias e que, segundo o jornal Público, foi um instrumento importante no crescimento da Tecnoforma, empresa que fornecia contratos na área e que tinha o actual primeiro-ministro como consultor e, depois, como administrador.

António Pais Silva, que é apontado, na notícia do Público, em declarações prestadas por Passos Coelho, como peça importante nos negócios da empresa graças ao seu "dinamismo", admitiu hoje à Lusa que realizou "algumas reuniões" com o então administrador "mas nunca surgiu qualquer percepção de que este tivesse qualquer influência na realização de contratos".

"Marquei entrevistas com autarquias de Bragança a Vila real de Santo António, de todas as cores políticas, sempre por minha iniciativa, realizei contratos com câmaras do PCP ao PSD, mas nunca dei conta de que existisse qualquer interferência do então administrador (Passos Coelho) junto do governante que tinha a tutela da área (Miguel Relvas), nem outro tipo de acção que não fosse enquadrada nas suas responsabilidades profissionais", afirmou o antigo director comercial da Tecnoforma.

António Pais Silva iniciou funções em finais de 2002, que coincidiu temporalmente com a actividade profissional do actual primeiro-ministro na empresa e a passagem de Miguel Relvas pelo governo como secretário de Estado, mas, reafirma o ex-director comercial da Tecnoforma, "nunca dei por qualquer ingerência do então administrador", que, recorda, "esteve pouco tempo nessas funções".

Também Aníbal Maltez, que trabalhou pela mesma altura na área comercial da Tecnoforma e, como País Silva, com passado de dirigente partidário, no PSD, nomeadamente na JSD de Mangualde, é referido na notícia do público.

À Lusa, Maltez, ex-presidente da JSD de Mangualde por essa altura, sinalizando que não pretende alongar-se em declarações, admite apenas que, no tempo em que desempenhou funções na Tecnoforma, onde foi responsável comercial por uma área geográfica que não o distrito de Viseu, "jamais" detectou a existência de esquemas que envolvessem influência política na actividade que desempenhava.

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