Notícia
Zona Euro terá de acelerar (muito) para cumprir meta de crescimento de Bruxelas
A travagem da economia europeia no terceiro trimestre foi de tal forma significativa que poderá colocar em causa as metas da Comissão Europeia estabelecidas neste Outono.
A Comissão Europeia é frequentemente acusada de ser conservadora nas suas previsões. Mas, depois de um ano em que a expansão económica atingiu um pico, o crescimento deste ano deverá ficar aquém da meta definida por Bruxelas nas previsões de Outono. A culpa é da travagem a fundo do terceiro trimestre.
"A economia europeia está a aguentar-se bem, com o crescimento a abrandar gradualmente", declarava Pierre Moscovici, comissário europeu para os Assuntos Económicos, há um mês quando apresentou as previsões de Outono. Nessa altura, já com sinais da desaceleração no terceiro trimestre deste ano, a Comissão previa um crescimento de 2,1% para a Zona Euro e de 2,2% para o conjunto da União Europeia.
Contudo, a travagem da economia de Julho a Setembro tramou as previsões, ainda para mais com a revisão em baixa do crescimento homólogo para 1,6% na Zona Euro e 1,8% na União Europeia, de acordo com os dados divulgados esta sexta-feira, 7 de Dezembro, pelo Eurostat. Uma evolução que contrasta com o primeiro semestre quando a economia cresceu em linha com o esperado pelas metas de Bruxelas.
Vamos aos números, assumindo que não há revisões face ao que foi divulgado até ao momento. De acordo com as contas do Negócios, com base nos dados do Eurostat, na Zona Euro o PIB teria de crescer 2,1%, em termos homólogos, no quarto trimestre para que a meta anual de 2,1% de Bruxelas se concretizasse.
O número não é impressionante face ao registado nos últimos trimestres, mas o problema é que isso significa que, em cadeia (de um trimestre para o seguinte), o crescimento tinha de ser de 1,1%, o que não acontece na Zona Euro desde 2000. Ou seja, é possível, mas improvável.
No caso do conjunto dos Estados-membros, as contas são idênticas. Neste caso, o PIB teria de crescer 2,4%, em termos homólogos, no quarto trimestre para que a meta anual de 2,2% de Bruxelas se concretizasse.
Mas o problema do crescimento em cadeia mantém-se: do terceiro para o quarto trimestre, o PIB da UE teria de crescer 1,2%, o que não acontece desde 1999.
Este é um problema semelhante ao de Portugal. Para chegar à meta do Governo de 2,3%, o PIB deverá ter de crescer 2,4%, em termos homólogos, no quarto trimestre. Em cadeia, o crescimento teria de ser 1,1%, semelhante ao registado em 2016, altura em que a economia acelerava no início da recuperação pós-crise.
"A economia europeia está a aguentar-se bem, com o crescimento a abrandar gradualmente", declarava Pierre Moscovici, comissário europeu para os Assuntos Económicos, há um mês quando apresentou as previsões de Outono. Nessa altura, já com sinais da desaceleração no terceiro trimestre deste ano, a Comissão previa um crescimento de 2,1% para a Zona Euro e de 2,2% para o conjunto da União Europeia.
Vamos aos números, assumindo que não há revisões face ao que foi divulgado até ao momento. De acordo com as contas do Negócios, com base nos dados do Eurostat, na Zona Euro o PIB teria de crescer 2,1%, em termos homólogos, no quarto trimestre para que a meta anual de 2,1% de Bruxelas se concretizasse.
O número não é impressionante face ao registado nos últimos trimestres, mas o problema é que isso significa que, em cadeia (de um trimestre para o seguinte), o crescimento tinha de ser de 1,1%, o que não acontece na Zona Euro desde 2000. Ou seja, é possível, mas improvável.
No caso do conjunto dos Estados-membros, as contas são idênticas. Neste caso, o PIB teria de crescer 2,4%, em termos homólogos, no quarto trimestre para que a meta anual de 2,2% de Bruxelas se concretizasse.
Mas o problema do crescimento em cadeia mantém-se: do terceiro para o quarto trimestre, o PIB da UE teria de crescer 1,2%, o que não acontece desde 1999.
Este é um problema semelhante ao de Portugal. Para chegar à meta do Governo de 2,3%, o PIB deverá ter de crescer 2,4%, em termos homólogos, no quarto trimestre. Em cadeia, o crescimento teria de ser 1,1%, semelhante ao registado em 2016, altura em que a economia acelerava no início da recuperação pós-crise.