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S&P: Solução para resgate do BES não faz mexer "rating" de Portugal
O empréstimo do Estado aos bancos para viabilizar a parte "sã" do BES não tem impacto no "rating" de Portugal. A menos que a factura se revele maior ou todo o sector financeiro volte a tremer.
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Num curto comunicado divulgado nesta quarta-feira, a Standard & Poor’s esclarece o mercado que considera que o empréstimo do Estado ao Fundo de Resolução, que ficou dono do agora Novo Banco, não afecta o "rating" que, de forma agora não solicitada, confere à dívida pública portuguesa.
A notação ‘BB’ (segundo nível de investimento especulativo, vulgarmente descrito como lixo) poderá, no entanto, ser revista e até antes de 7 de Novembro, data programada para novos anúncios ao mercado sobre Portugal, "se o custo do apoio o BES ou da estabilização do sistema financeiro português se revelar materialmente mais elevado do que actualmente esperamos".
Nesse caso, a agência diz que reavaliará todo o enquadramento - macroeconómico e orçamental – , o que significará novas previsões para o PIB e para o défice orçamental.
A agência de rating norte-americana cifra ainda em 4,4 mil milhões de euros o empréstimo do Estado ao Fundo de Resolução (entretanto reduzido a 3,9 mil milhões) e esclarece que desde o início do programa de resgate, em 2011, que assume que toda a verba destinada à banca (12 mil milhões de euros, dos quais sobravam 6,4 mil milhões antes do colapso do BES) seria utilizada.