Notícia
Produtividade volta a dar contributo positivo para o PIB este ano
O Banco de Portugal antecipa uma melhoria da produtividade do trabalho em 2019 graças à recuperação do investimento.
Depois de dois anos consecutivos em que deu um contributo negativo para o PIB, a produtividade do trabalho deverá aumentar em 2019, contribuindo de forma positiva para o crescimento da economia portuguesa. A projeção é feita pelo Banco de Portugal no boletim económico de março, que antecipa que o contributo positivo se mantenha pelo menos até 2021.
"Após uma fase de recuperação caraterizada por um aumento expressivo do emprego, superior ao da atividade, perspetiva-se uma evolução positiva do produto por trabalhador ao longo do horizonte de projeção", escreve o Banco de Portugal no boletim divulgado esta quinta-feira, 28 de março. Nos últimos dois anos, a produtividade caiu e afastou-se da produtividade média da Zona Euro que desde 2012 sobe ininterruptamente.
Esta poderá ser uma boa notícia para os salários dos trabalhadores uma vez que a maior parte dos economistas aconselha que a evolução das remunerações esteja em linha com a evolução da produtividade. A recuperação da produtividade "contribui para a evolução moderada dos custos unitários do trabalho", refere o boletim.
Neste caso, o crescimento da produtividade do trabalho deve-se à "melhoria da afetação dos recursos na economia portuguesa" e à "gradual recuperação e renovação do stock de capital produtivo à disposição dos trabalhadores". O banco central assinala que este é um "processo lento por natureza".
Contudo, é de notar que existem várias formas de medir a produtividade - que estima a eficiência da economia - além do rácio entre o PIB em volume e o emprego total (número de indivíduos). Esta semana o Instituto Nacional de Estatística (INE) atualizou um outro indicador com o rácio entre o PIB e o emprego a tempo completo: neste caso, em 2018, a produtividade já foi positiva, ainda que de forma ligeira (+0,1%), mas tinha sido negativa entre 2014 e 2017.
Apesar desta melhoria em 2019 e nos anos seguintes, o Banco de Portugal considera que é necessário ir mais além para recuperar o tempo perdido e aumentar o potencial de crescimento da economia portuguesa. "Afigura-se essencial a criação de condições que promovam o aumento da produtividade, através de uma melhor afetação de recursos, do bom funcionamento dos mercados do produto e de trabalho e da aposta no capital humano e na inovação", aconselha no boletim o banco central.
"Após uma fase de recuperação caraterizada por um aumento expressivo do emprego, superior ao da atividade, perspetiva-se uma evolução positiva do produto por trabalhador ao longo do horizonte de projeção", escreve o Banco de Portugal no boletim divulgado esta quinta-feira, 28 de março. Nos últimos dois anos, a produtividade caiu e afastou-se da produtividade média da Zona Euro que desde 2012 sobe ininterruptamente.
Neste caso, o crescimento da produtividade do trabalho deve-se à "melhoria da afetação dos recursos na economia portuguesa" e à "gradual recuperação e renovação do stock de capital produtivo à disposição dos trabalhadores". O banco central assinala que este é um "processo lento por natureza".
Mas este é um processo que também é visível e compatível com outras mudanças na estrutura da economia, nomeadamente no investimento. No mesmo boletim, o Banco de Portugal nota que o conteúdo importado (importações necessárias) do investimento aumentou nos últimos anos. Tal deve-se a uma mudança estrutural em que o investimento passou da construção (que necessita de menos importações) para as máquinas e os equipamentos de transporte, o que tende a ser algo positivo para a produtividade.
Contudo, é de notar que existem várias formas de medir a produtividade - que estima a eficiência da economia - além do rácio entre o PIB em volume e o emprego total (número de indivíduos). Esta semana o Instituto Nacional de Estatística (INE) atualizou um outro indicador com o rácio entre o PIB e o emprego a tempo completo: neste caso, em 2018, a produtividade já foi positiva, ainda que de forma ligeira (+0,1%), mas tinha sido negativa entre 2014 e 2017.
Apesar desta melhoria em 2019 e nos anos seguintes, o Banco de Portugal considera que é necessário ir mais além para recuperar o tempo perdido e aumentar o potencial de crescimento da economia portuguesa. "Afigura-se essencial a criação de condições que promovam o aumento da produtividade, através de uma melhor afetação de recursos, do bom funcionamento dos mercados do produto e de trabalho e da aposta no capital humano e na inovação", aconselha no boletim o banco central.