Notícia
OCDE: Produtividade de Portugal pode ser maior do que se estima
Um paper da OCDE estima que a produtividade de vários países, incluindo a de Portugal, possa estar a ser subestimada.
Nos relatórios sobre o estado da economia, as instituições internacionais pedem constantemente a Portugal que melhore a sua produtividade. E se a produtividade dos trabalhadores portugueses for maior do que se estima actualmente? A pergunta é colocada por um paper da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE) divulgado na segunda-feira, 10 de Dezembro.
A resposta à pergunta é directa: as estatísticas de um grupo de países, incluindo Portugal, estão a sobrestimar o número de horas trabalhadas por trabalhador e, assim, a subestimar os níveis de produtividade do trabalho.
Esta análise, assinada pelas economistas da OCDE Ashley Ward, María Belén Zinni, Pascal Marianna, foi feita com base num inquérito da OCDE e do Eurostat realizado este ano. Os resultados desse inquérito mostram as divergências que existem entre os países nos ajustamentos feitos para calcular a produtividade. Essas diferenças criam distorções nas comparações, segundo as autoras.
Usando a metodologia revista pela OCDE, os níveis de produtividade melhoram em certos países: Portugal, Reino Unido, Áustria, Estónia, Finlândia, Grécia, Irlanda, Letónia, Lituânia, Polónia e Suécia.
"O que é apresentado pela primeira vez neste paper são as estimativas empíricas que destacam o potencial impacto das diferenças na forma como os países medem as horas trabalhadas no cálculo dos níveis da produtividade do trabalho", explicam. O paper sugere que os ajustamentos feitos naquele grupo de países são "limitados", o que inflaciona os números das horas trabalhadas e, dessa forma, penaliza o nível de produtividade.
Num índice em que os Estados Unidos são o referencial, a posição de produtividade de Portugal melhora 8,7%, tal como mostra o gráfico. No caso português as horas trabalhadas passam de quase 1.900 horas por ano para pouco mais de 1.700, colocando a realidade portuguesa em linha com a de Itália ou Espanha.
As autoras consideram que, se os países alinharam o método de cálculo da produtividade, as comparações internacionais poderiam melhorar significativamente - ainda mais do que usando a estratégia da OCDE neste paper -, acabando com as distorções criadas por metodologias diferentes.
"O cálculo da produtividade está longe de ser uma simples tarefa", admitem, referindo que este paper contribui para uma "pequena parte" da discussão que decorre actualmente.
A partir de agora a OCDE usará este novo método no caso de Portugal e dos outros países referidos e assim será até que haja uma melhoria da medição tendo em conta os critérios da Organização.
A resposta à pergunta é directa: as estatísticas de um grupo de países, incluindo Portugal, estão a sobrestimar o número de horas trabalhadas por trabalhador e, assim, a subestimar os níveis de produtividade do trabalho.
Usando a metodologia revista pela OCDE, os níveis de produtividade melhoram em certos países: Portugal, Reino Unido, Áustria, Estónia, Finlândia, Grécia, Irlanda, Letónia, Lituânia, Polónia e Suécia.
"O que é apresentado pela primeira vez neste paper são as estimativas empíricas que destacam o potencial impacto das diferenças na forma como os países medem as horas trabalhadas no cálculo dos níveis da produtividade do trabalho", explicam. O paper sugere que os ajustamentos feitos naquele grupo de países são "limitados", o que inflaciona os números das horas trabalhadas e, dessa forma, penaliza o nível de produtividade.
Num índice em que os Estados Unidos são o referencial, a posição de produtividade de Portugal melhora 8,7%, tal como mostra o gráfico. No caso português as horas trabalhadas passam de quase 1.900 horas por ano para pouco mais de 1.700, colocando a realidade portuguesa em linha com a de Itália ou Espanha.
As autoras consideram que, se os países alinharam o método de cálculo da produtividade, as comparações internacionais poderiam melhorar significativamente - ainda mais do que usando a estratégia da OCDE neste paper -, acabando com as distorções criadas por metodologias diferentes.
"O cálculo da produtividade está longe de ser uma simples tarefa", admitem, referindo que este paper contribui para uma "pequena parte" da discussão que decorre actualmente.
A partir de agora a OCDE usará este novo método no caso de Portugal e dos outros países referidos e assim será até que haja uma melhoria da medição tendo em conta os critérios da Organização.