O líder do PSD disse esta quarta-feira, 30 de Março, que não vai "repetir a mesma atitude" que teve António Costa enquanto secretário-geral do PS, quando há um ano o então Governo de Passos Coelho o convidou a participar no debate sobre as reformas e o agora primeiro-ministro lhe enviou apenas um documento. Mas avisou: quer falar sobre reformas e "não só sobre objectivos".

A garantia de Passos Coelho foi deixada no Parlamento, durante o debate quinzenal, que está a ser marcado pela discussão sobre o Programa Nacional de Reformas.

"Estamos disponíveis e estaremos para falar sobre as reformas", garantiu Passos Coelho. Mas "não só sobre objectivos", acrescentou o líder social-democrata.

Passos quis ainda saber quando é que o Governo entrega a Bruxelas a avaliação das políticas estruturais feitas anteriormente, que se comprometeu a fazer.

Na resposta, António Costa rejeitou que o documento que enviou há um ano ao então Governo fosse coisa pouca, lembrando que se tratava da agenda para a década, rejeitando assim que não tivesse dado contributos para o debate do Programa Nacional de Reforma do ano passado.

O primeiro-ministro lamentou ainda que o líder do PSD esteja a "falar do passado", chamando-o de "guardião das reformas que fez". E disse que fez um esforço para trazer o líder do PSD para o presente.

"Eu procurei ajudá-lo a chegar ao debate sobre o futuro não assentando a análise sobre a economia portuguesa nos últimos anos", disse Costa, acrescentando que o Programa Nacional de Reformas não tem só metas. Também tem reformas, garantiu, dando como exemplo a universalizado do ensino pré-escolar até aos três anos.

(notícia actualizada às 16:27 com mais informação)