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INE: Economia abranda, empresários menos confiantes
O INE dá conta de um abrandamento da actividade económica em Setembro e de uma diminuição da confiança dos empresários em Outubro. O segundo semestre do ano desaponta.
A economia portuguesa está a desapontar na segunda metade do ano já decorrida. Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE) a actividade económica abrandou em Setembro, com desacelerações na indústria e nos serviços e uma contracção da construção. Os primeiros dados de confiança para Outubro dão conta de uma queda na confiança dos empresários portugueses medida pelo índice de clima económico.
"Os indicadores de actividade económica, disponível até Setembro, e de clima económico, disponível até Outubro, diminuíram" lê-se na nota mensal do INE que faz a síntese económica de conjuntura publicada quarta-feira, dia 18 de Novembro.
"Em Setembro, os Indicadores de Curto Prazo (ICP) apontam para uma desaceleração da actividade económica na indústria e em sectores de serviços e uma redução na construção e obras públicas", acrescenta o instituto que dá ainda conta de um crescimento menos acentuado do consumo – "sobretudo da componente de consumo corrente".
O INE diz ainda o investimento terá aumentado e dá conta de um desempenho modesto do mercado externo: "O indicador de FBCF aumentou, devido ao contributo positivo de todas as componentes", enquanto "as exportações e as importações de bens apresentaram variações homólogas, respectivamente, de 3,2% e -0,3% em Setembro (5,5% e 2,4% em Agosto)", escrevem os técnicos da autoridade estatística.
Os dados vão ao encontro da primeira estimava da evolução do PIB no terceiro trimestre do ano, a qual saiu abaixo da média das previsões dos economistas dos bancos portugueses e da última estimativa da Comissão Europeia que apontavam para um crescimento homólogo que de 1,8% que não veio a ser atingido.
"Em Portugal, de acordo com a estimativa rápida, o PIB, em termos reais, registou uma variação homóloga de 1,4% no 3º trimestre de 2015 e uma variação em cadeia nula (variações de 1,6% e 0,5% no trimestre anterior, respectivamente)", lembra o INE, que destaca ainda na síntese que "no 3º trimestre de 2015, a taxa de desemprego situou-se em 11,9%, taxa idêntica à do trimestre anterior e 1,2 pontos percentuais inferior à do 3º trimestre de 20142 e que "o emprego aumentou 0,2% em termos homólogos (1,5% no 2º trimestre).