O Instituto Nacional de Estatística (INE) estima uma ligeira melhoria da actividade económica em Julho, com contributos positivos da indústria e serviços, e negativos da construção e obras públicas. O crescimento do consumo terá abrandado, enquanto o investimento aumentou "ligeiramente", nota ainda o INE na síntese económica de conjuntura com dados até Agosto de 2015, e publicada a 17 de Setembro.

"O indicador de actividade económica aumentou de forma ténue em Julho e o indicador de clima económico, disponível até Agosto, estabilizou. Em Julho, os Indicadores de Curto Prazo (ICP) apontam para um aumento da actividade económica na indústria e em sectores de serviços e uma redução na construção e obras públicas" lê-se no relatório mensal do instituto.

O documento refere também que "o indicador quantitativo do consumo privado apresentou um crescimento homólogo menos acentuado em Julho" do que nos meses anteiores, com o abrandamento a ser explicado tanto pelo consumo de bens duradouros como não duradouros. Do lado do investimento, "o indicador de FBCF aumentou ligeiramente, devido principalmente ao contributo positivo mais expressivo da componente de material de transporte", estima o organismo.

A síntese do INE recapitula ainda alguns dos principais indicadoresrecentes sobre a economia portuguesa. Em Julho, e em termos nominais, isto é sem ajustar o factor preço, as exportações cresceram mais que as importações (6,0% e 3,8%, respectivamente), ao contrário do que aconteceu em Junho (7,3% e 9,3%). A taxa de desemprego ficou em 12,1% em Julho, contra 12,3% do mês anterior, enquanto a inflação foi de 0,7%.