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Governo: Dados que sugerem desempenho da economia “mais favorável do que o esperado devem ser analisados com prudência”

Governo destaca que a recessão está a abrandar mas alerta que a “economia permanece vulnerável a riscos e incertezas, quer a nível interno, quer a nível internacional”.

Miguel Baltazar/Negócios
10 de Setembro de 2013 às 15:29
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No ante-projecto das Grandes Opções do Plano, o Governo não actualizou as projecções macro-económicas, pois tal só acontecerá no âmbito da 8ª e 9ª avaliação ao memorando de entendimento.

 

Ainda assim, o Executivo comenta os últimos dados económicos conhecidos e sugere que poderá rever em alta as estimativas actuais, embora mantenha o discurso de cautela perante os riscos que ainda existem pela frente.

 

“A evolução recente da actividade económica demonstra que a recessão está a abrandar”, refere o Executivo, citando o crescimento de 1,1% do PIB no segundo trimestre e “o aumento expressivo no mês de Agosto dos indicadores de confiança dos consumidores” e outros agentes económicos.

 

“No seu conjunto, os dados sugerem que o desempenho da economia poderá ser mais favorável do que o esperado”, refere o Governo, que tem uma previsão de queda de 2,3% do PIB este ano e crescimento de 0,6% em 2014.

 

Quanto ao desemprego, o Governo salienta que os indicadores mais recentes “sugerem que a economia pode estar numa fase de estabilização do número de desempregados, significando que as reformas empreendidas começam a surtir efeito”. A estimativa do Executivo aponta para uma taxa de desemprego de 18,2% este ano, sendo que a taxa recuou para 16,5% no mês de Julho.

 

Apesar desta perspectiva de recuperação, o Governo mantém o discurso de cautela perante os dados económicos menos negativos. “Não obstante, devem ser analisados com prudência, atendendo a que a economia permanece vulnerável a riscos e incertezas, quer a nível interno, quer a nível internacional”, acrescenta o Governo no ante-projecto, a que o Negócios teve acesso.

 

O Governo reforça que “apesar dos resultados alcançados, persistem riscos e incertezas que não podem ser ignorados”, sendo que “no curto prazo, é necessário consolidar os progressos obtidos, bem como potenciar os sinais de recuperação que se manifestaram no segundo trimestre de 2013”.

 

Já no “médio e no longo prazo, o maior desafio será a transição para o crescimento sustentado e criador de emprego – a última fase do processo de ajustamento”, que “exige o cumprimento de duas condições fundamentais: a sustentabilidade das finanças públicas e a estabilidade financeira”.

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