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Passos Coelho alerta que indicadores económicos positivos não eliminam austeridade

“Há motivos para acreditar que a recuperação económica pode ser mais forte” do que o se antecipava anteriormente, considera o primeiro-ministro português. Mas o Estado continua a ter de gastar menos.

Reuters
11 de Setembro de 2013 às 14:08
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A economia dá sinais de melhoria mas a consolidação orçamental não pode parar. Esta é a mensagem que Pedro Passos Coelho quis deixar aos portugueses esta quarta-feira.

 

“O facto de termos razões e motivos para acreditar que a recuperação económica pode ser um pouco mais forte não significa que a trajectória que precisamos de seguir – o filme todo que estamos a fazer neste anos e dos que se avizinham – não exija a consolidação das contas públicas, não obrigue a que o Estado gaste menos do que o que gastava e menos do que gasta”, afirmou o primeiro-ministro em Oliveira do Bairro esta quarta-feira.

 

Esse discurso de manutenção da austeridade orçamental está presente no ante-projecto das Grandes Opções do Plano, que foi na terça-feira noticiado pela generalidade dos órgãos de comunicação social. “Apesar dos resultados alcançados, persistem riscos e incertezas que não podem ser ignorados”, indica o Governo no documento. “No curto prazo, é necessário consolidar os progressos obtidos, bem como potenciar os sinais de recuperação que se manifestaram no segundo trimestre de 2013”, acrescenta-se.

 

Passos Coelho não tem dúvidas, contudo, que os indicadores económicos fazem mesmo acreditar que o cenário será mais positivo do que o esperado. “Temos indicadores de desempenho macroeconómico que nos levam a acreditar que o cenário terá contorno mais positivo do que aquele que saiu da sétima avaliação. Temos razão para acreditar que a nossa economia está a responder mais favoravelmente do que o que se previa. Mas não há um cenário que esteja fechado”, disse. O Governo não actualizou as projecções macroeconómicas, já que tal só será feito no âmbito da oitava e nona avaliações ao programa de ajustamento nacional.

 

Nas declarações aos jornalistas, Passos Coelho disse que o País tem de deixar de ter défices para passar a apresentar excedentes, de modo a ter condições para amortizar mais dívida. Isso será feito, como tem sido defendido pelo Executivo, com a reforma do Estado, através de um ajustamento que leve reformas estruturais “mais longe”.

 

“Não é crível que possamos vender muitos mais activos públicos. Não é crível que pudéssemos ser bem-sucedidos aumentado mais os impostos, porque a carga fiscal já é muito elevada. “Não podemos actuar, senão, no lado das despesas”, afirmou o primeiro-ministro, acrescentando que tais opções serão incluídas no guião da reforma do Estado, que garantiu vir a ser debatido pelo Governo e apresentado ao País até ao final do mês.

 

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