Notícia
Fitch só vê BCE a subir juros em 2020 com economia da Zona Euro a travar
A agência de rating prevê que a economia da Zona Euro desacelere em 2019, o que vai adiar a subida dos juros do Banco Central Europeu para 2020.
A expectativa de que o Banco Central Europeu (BCE) suba os juros este ano pela primeira vez desde a crise pode ser travada pela desaceleração económica. Mario Draghi tinha assegurado que aumentos só depois do verão de 2019, mas a Fitch admite que só em 2020 - já sem o atual presidente do banco central - é que o BCE vai dar esse passo.
"O Banco Central Europeu vai terminar o quantitative easing, mas não há aumento de juros até 2020", afirmou Douglas Winslow, diretor dos ratings soberanos na Fitch Ratings, na conferência que se realiza esta quinta-feira, 24 de janeiro, em Lisboa, assinalando que o crescimento económico vai desacelerar para perto do potencial, ou seja, abaixo dos 2%.
A agência de rating prevê que a economia da Zona Euro cresça 1,9% em 2018, travando depois para 1,7% em 2019 e 1,6% em 2020. Esta travagem surge depois de a economia europeia ter crescido 2,4% em 2017, o pico da recuperação económica.
Em Portugal, a previsão é de que o PIB cresça 2,2% em 2018, desacelerando para 1,8% este ano. Dada a dependência da economia nacional das exportações para os seus parceiros europeus, a agência antecipa que Portugal pode ser afetado pela travagem mais intensa do que o previsto que a economia europeia está a ter.
Uma recessão - que, para já, não está no horizonte - poderia ter um impacto negativo de quatro pontos percentuais no saldo orçamental, estima a Fitch. Mesmo que isso não aconteça, a agência refere que há desafios nas finanças públicas uma vez que os "baixos níveis de investimento público podem não ser sustentáveis".
A agência avalia atualmente a dívida de longo prazo portuguesa com uma classificação de "BBB" e um "outlook" estável, a melhor avaliação entre as três maiores agências de notação financeira (Standard & Poor's, Moody's e Fitch). A Fitch deverá voltar a pronunciar-se sobre Portugal a 24 de maio.
Para o crescimento mundial a Fitch estima 3,3% em 2018 com uma desaceleração para 3,1% em 2019. No caso dos Estados Unidos a travagem é de 2,9% para 2,6% e na China de 6,6% para 6,1%. "A projeção ainda é forte, mas o pico do crescimento já passou claramente", conclui a agência.
Os principais riscos passam pela incerteza da disputa comercial entre os EUA e a China e o aperto da política monetária a nível global, em especial pela mão da Reserva Federal norte-americana. O populismo, o confronto entre a Itália e a Comissão Europeia e o ainda por resolver Brexit são outros dos riscos identificados pela Fitch. Numa sondagem realizada na conferência, o problema italiano e britânico foram eleitos os dois maiores riscos.
"O Banco Central Europeu vai terminar o quantitative easing, mas não há aumento de juros até 2020", afirmou Douglas Winslow, diretor dos ratings soberanos na Fitch Ratings, na conferência que se realiza esta quinta-feira, 24 de janeiro, em Lisboa, assinalando que o crescimento económico vai desacelerar para perto do potencial, ou seja, abaixo dos 2%.
Em Portugal, a previsão é de que o PIB cresça 2,2% em 2018, desacelerando para 1,8% este ano. Dada a dependência da economia nacional das exportações para os seus parceiros europeus, a agência antecipa que Portugal pode ser afetado pela travagem mais intensa do que o previsto que a economia europeia está a ter.
Uma recessão - que, para já, não está no horizonte - poderia ter um impacto negativo de quatro pontos percentuais no saldo orçamental, estima a Fitch. Mesmo que isso não aconteça, a agência refere que há desafios nas finanças públicas uma vez que os "baixos níveis de investimento público podem não ser sustentáveis".
A agência avalia atualmente a dívida de longo prazo portuguesa com uma classificação de "BBB" e um "outlook" estável, a melhor avaliação entre as três maiores agências de notação financeira (Standard & Poor's, Moody's e Fitch). A Fitch deverá voltar a pronunciar-se sobre Portugal a 24 de maio.
Para o crescimento mundial a Fitch estima 3,3% em 2018 com uma desaceleração para 3,1% em 2019. No caso dos Estados Unidos a travagem é de 2,9% para 2,6% e na China de 6,6% para 6,1%. "A projeção ainda é forte, mas o pico do crescimento já passou claramente", conclui a agência.
Os principais riscos passam pela incerteza da disputa comercial entre os EUA e a China e o aperto da política monetária a nível global, em especial pela mão da Reserva Federal norte-americana. O populismo, o confronto entre a Itália e a Comissão Europeia e o ainda por resolver Brexit são outros dos riscos identificados pela Fitch. Numa sondagem realizada na conferência, o problema italiano e britânico foram eleitos os dois maiores riscos.