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Crescimento do turismo trava no arranque de 2018

Depois de quebrar recordes, o turismo mostra agora um sinal de desaceleração. Ainda assim, continua a crescer. Apenas registou uma quebra em Abril por causa do efeito de calendário da Páscoa e da chuva.

Bloomberg
15 de Junho de 2018 às 12:02
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O que ajudou Março, prejudicou Abril. A actividade turística registou quedas homólogas em Abril, o que não tem sido comum nos dados do turismo dos últimos anos que têm registado recordes históricos. Mas não são razão para alarme uma vez que estes dados foram prejudicados por efeitos excepcionais: a Páscoa e a chuva. 

"Estes resultados foram influenciados pelo efeito do calendário do período de Páscoa, dado que em 2018 esta época impulsionou as dormidas na hotelaria essencialmente no mês de Março", explica o Instituto Nacional de Estatística (INE) no destaque divulgado esta sexta-feira, 15 de Junho, acrescentando que "em Abril verificou-se ainda acentuada pluviosidade".

No entanto, o INE assinala que, em termos acumulados, a actividade na hotelaria está "com abrandamento desde o início do ano". Na comparação do desempenho do turismo no primeiro quadrimestre em 2017 e 2018 é possível concluir que há uma desaceleração: entre Janeiro e Abril do ano passado, os hóspedes aumentaram 10,9% e as dormidas 11,2%, comparando com subidas de 3,1% e 1,6% no mesmo período deste ano. 

Nesta óptica, a desaceleração nas dormidas é transversal a todo o tipo de estabelecimentos. Começando pelos hotéis, que são os que pesam mais no total, desaceleraram de 13,4% para uma subida de 3,9%. No caso dos hotéis-apartamentos, as dormidas estão mesmo a contrair: um aumento de 8,6% em 2017 passou agora a ser uma diminuição de 3%. 

Quanto ao tipo de turistas, as dormidas de residentes desaceleraram de 5,9% para os 3,3%. Mas o travão foi mais sentido nas dormidas de não residentes que passaram de um aumento de 13,3% para 1%. Entre os principais mercados do turismo português, as principais quedas registaram-se nos Países Baixos (-12,4%), Reino Unido (-7%) e ainda na Suíça (-3,5%). Por outro lado, o realce positivo vai para as evoluções nos mercados norte-americano (+20,1%), brasileiro (+13,5%) e sueco (+13,4%).

No que toca às zonas, a desaceleração também foi transversal a todas as regiões. Ainda assim, apenas as dormidas no Algarve e na Madeira contraíram nos primeiros quatro meses do ano. As restantes continuaram a expandir.
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