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Comissão calcula que Portugal terminou 2016 a crescer quase 2%

Nas suas previsões de Inverno, a Comissão Europeia mostra-se muito mais optimista em relação ao crescimento da economia portuguesa. O INE publica hoje, 13 de Fevereiro, o resultado definitivo dos últimos três meses do ano.

Georges Boulougouris/Comissão Europeia
14 de Fevereiro de 2017 às 07:00
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Faltam poucas horas para ficarmos a saber, via Instituto Nacional de Estatística (INE), quanto cresceu Portugal no final de 2016 e, consequentemente, na totalidade do ano. Os técnicos de Bruxelas calculam que no quarto trimestre de 2016, o produto interno bruto (PIB) português tenha crescido 1,9% face ao mesmo período de 2015. Uma variação muito superior à previsão feita apenas há três meses pela mesma Comissão (0,9%).

 

Recorde-se que o terceiro trimestre já apresentou um crescimento forte, com um aumento de 1,6% do PIB face a 2015. Um bom resultado que surpreendeu os economistas e analistas. Em cadeia - isto é, do segundo para o terceiro trimestre -, o crescimento foi ainda mais surpreendente (0,8%).

 

Agora, em relação o quarto trimestre de 2016, a Comissão Europeia espera que se tenha verificado uma variação homóloga de 1,9% e uma variação em cadeia de 0,6%. 

 

A confirmarem-se estes valores, o PIB nacional avançaria 1,3% na totalidade do ano, em comparação com 2015. Um número que fica acima da mais recente previsão do Governo (1,2%). 

 

1,3% é também a média das previsões dos economistas contactados pela Lusa, que referiram valores entre 1,2% e 1,4%. O ISEG, que tem a previsão mais optimista, nota que o quarto trimestre "correu bastante bem" e que foi "claramente o consumo privado" a explicar o crescimento de 2016, que, no segundo semestre, acelerou, "começando a responder a um conjunto de medidas que tinham sido tomadas" pelo Governo, como o fim faseado dos cortes salariais na Função Pública.

Esta segunda metade de 2016 forte terá continuidade na primeira metade deste ano, antecipa a própria Comissão Europeia, com variações homólogas de 2% nos dois primeiros trimestre de 2017.

Dentro de poucas horas, ficaremos a conhecer o valor definitivo a reportar pelo INE.

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