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Exportações levam Alemanha a crescer menos que o esperado no final do ano
A economia germânica encerra 2016 com um crescimento anual de 1,9%, depois de, no último trimestre, o PIB ter progredido 0,4%, abaixo dos 0,5% estimados pelos analistas, mas melhor que os três meses anteriores.
O contributo líquido abaixo do esperado do comércio internacional para a economia alemã, suportada no consumo interno, levou o produto interno bruto (PIB) germânico a crescer menos que o previsto pelos analistas no último trimestre do ano.
O PIB da maior economia da Europa cresceu 0,4% nos últimos três meses face ao trimestre anterior (ajustado a efeitos de calendário). O valor, divulgado esta terça-feira, 14 de Fevereiro pelo serviço federal de estatísticas, fica abaixo do esperado pelas autoridades, que apontavam no mesmo sentido dos analistas - um avanço de 0,5%.
No conjunto do ano a economia cresceu 1,9%, no maior avanço em cinco anos, de acordo com a Lusa.
"Acreditamos que o crescimento vai ser suportado pela procura interna, sobretudo devido ao consumo privado mas também graças à despesa pública. E que a actividade de investimento está lentamente a ganhar ritmo," afirmou àquela agência noticiosa o economista Jens Kramer, da NordLB.
A subida representa ainda assim uma aceleração em relação ao trimestre precedente, em que a economia tinha aumentado 0,1% em cadeia, com o país a beneficiar da fraqueza do euro (que torna as vendas ao exterior mais competitivas), da queda dos preços do petróleo e dos efeitos, nas economias compradoras, da política de estímulos do Banco Central Europeu.
Os números da principal economia do euro são conhecidos poucas horas antes de o Eurostat revelar a estimativa avançada para o PIB da União Europeia e da zona monetária para o último trimestre do ano. Na primeira previsão, o Eurostat via a Zona Euro a crescer 1,7% em todo o ano passado e a União Europeia a avançar 1,9%.
O valor está dentro das previsões da Comissão Europeia conhecidas ontem, dia em que reviu em alta o crescimento da economia para este ano - de 1,5%, para 1,6%.