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Custos salariais cresceram 1,8% no ano passado

O índice do custo do trabalho aumentou 1,6% em 2016, com os salários a subirem mais do que os restantes custos do trabalho.

Paulo Duarte
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Os custos salariais aumentaram 1,8% no ano passado, enquanto os restantes custos do trabalho – que incluem indemnizações, seguros ou contribuições para a Segurança Social – subiram 0,9%. Estas são duas das principais componentes do índice de custos do trabalho (ICT), que de uma forma geral subiu 1,6% no ano passado, num ritmo idêntico ao do ano anterior.

O resultado também foi influenciado pelo aumento de 1,8% no custo médio por trabalhador e de 0,1% nas horas efectivamente trabalhadas, acrescenta o Instituto Nacional de Estatística, no destaque divulgado esta terça-feira, 14 de Fevereiro.

"Recorde-se que, em 2015, o ICT tinha também registado um aumento de 1,6%, a que corresponderam aumentos de 1,3% nos custos salariais e de 2,6% nos outros custos".

O aumento do índice de custo do trabalho verificado no ano passado foi especialmente expressivo num grupo de sectores que inclui a administração pública, a saúde ou a educação, com uma subida homóloga de 4%.

Foi no ano passado que o Governo repôs progressivamente os salários da Função Pública, eliminando os cortes salariais.

O ano de 2016 também ficou marcado por um primeiro aumento de 5% no salário mínimo, que passou de 505 euros para 530 euros brutos por mês.

O destaque do INE não analisa as causas desta evolução.

O que mostra é que a indústria também registou uma evolução positiva (0,9%), enquanto na construção e nos serviços o índice de custo do trabalho registou quebras (de 0,5% e 0,7%, respectivamente).

Custos passaram a superar os da União Europeia

Entre o final de 2009 e o final de 2016, "o ICT em Portugal registou variações inferiores à observadas na União Europeia para a maioria dos trimestres".

Isto porque "após decréscimos substanciais observados em 2011, 2012 e 2014, no ano de 2016 o ICT em Portugal registou sempre acréscimos homólogos", de 0,2%, 2,1%, 2,8% e 1,2% nos quatro trimestres do ano passado, respectivamente.

Se no primeiro trimestre a subida foi mais baixa do que na UE, nos dois trimestres seguintes já foi superior.

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