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Função pública fez aumentar em 3,6% o custo de trabalho no terceiro trimestre
De acordo com os dados do INE, o índice de custo do trabalho subiu face ao período homólogo de 2015. Reposição salarial na função pública e redução para as 35 horas de trabalho semanal é a principal explicação.
O índice de custo do trabalho (ICT) ajustado de dias úteis registou um acréscimo homólogo de 3,6%, no terceiro trimestre de 2016, revelam as estatísticas publicadas pelo Instituto Nacional de Estatísticas nesta sexta-feira, 11 de Novembro. O trimestre anterior também foi de aumento, mas um pouco inferior, de 2,2%.
No sector privado o ICT registou um acréscimo homólogo de 0,7%. Já nas restantes actividades económicas, que incluem maioritariamente (ainda que não em exclusivo) actividades na esfera do sector público, o índice registou um acréscimo homólogo de 7,1%. Aqui, os custos salariais e os outros custos do trabalho aumentaram 8,1% e 4,6%, respectivamente. Contas feitas, conclui o INE, o custo médio por trabalhador aumentou 3,4% enquanto o número de horas efectivamente trabalhadas por trabalhador diminuiu 3,6%.
Esta variação, segundo o INE, explica-se, quer pela reposição dos salários na função pública, quer pela reposição do horário normal de trabalho em 35 horas semanais, que entrou em vigor em Julho deste ano.
Refira-se que este índice tem duas componentes. Por um lado os custos salariais – que aumentaram 3,9% neste terceiro trimestre do ano – e, por outro, os "outros custos por hora efectivamente trabalhada" – que subiram 2,6% face ao mesmo período de 2016 e incluem gastos com indemnização por despedimento ou encargos legais a cargo da entidade patronal, como a contribuição patronal para a Segurança Social ou seguros de acidentes de trabalho e doenças profissionais, entre outros.
O ICT é um indicador de curto prazo que observa o número de horas efectivamente trabalhadas por trabalhador e mede a evolução dos custos médios do trabalho por hora trabalhada.