Notícia
Centeno sobre Blanchard: "Melhorem os modelos que aplicam"
O ministro das Finanças afirmou hoje que o desfasamento das previsões do FMI na economia portuguesa tem "custos muito significativos", defendendo que a instituição melhore os seus modelos em vez de propor reformas.
19 de Maio de 2017 às 18:40
No Parlamento, Mário Centeno foi confrontado pela deputada do Bloco de Esquerda Mariana Mortágua com as declarações do ex-economista chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI) Olivier Blanchard que esta sexta-feira reconheceu que a prioridade da política económica não deve ser a redução do défice orçamental.
O ministro das Finanças criticou as estimativas do FMI, "tão frequentemente desfasadas da economia portuguesa", afirmando que essas estimativas "impõem custos na nossa economia muito significativos".
"Gostaria que os responsáveis dessas instituições se dedicassem mais a melhorar os modelos que aplicam, do que a projectar reformas que não são baseadas em dados correctos para a economia portuguesa", afirmou o governante.
Olivier Blanchard defendeu que "a regra que diz 'absolutamente não' a furar o limite dos 3% é excessiva e pode haver projectos em que faça sentido superar esse limite".
Antes, Mariana Mortágua voltou a defender que o défice mais baixo da história "não resolve nada" dos problemas dos portugueses, com Mário Centeno a dizer que ter atingido a meta definida pela Comissão Europeia trará vantagens não só para o Estado, mas também para empresas e famílias.
"A saída do Procedimento por Défices Excessivos não vai apenas beneficiar as condições de financiamento do Estado, mas também das famílias e das empresas em Portugal", defendeu.
O ministro das Finanças criticou as estimativas do FMI, "tão frequentemente desfasadas da economia portuguesa", afirmando que essas estimativas "impõem custos na nossa economia muito significativos".
Olivier Blanchard defendeu que "a regra que diz 'absolutamente não' a furar o limite dos 3% é excessiva e pode haver projectos em que faça sentido superar esse limite".
Antes, Mariana Mortágua voltou a defender que o défice mais baixo da história "não resolve nada" dos problemas dos portugueses, com Mário Centeno a dizer que ter atingido a meta definida pela Comissão Europeia trará vantagens não só para o Estado, mas também para empresas e famílias.
"A saída do Procedimento por Défices Excessivos não vai apenas beneficiar as condições de financiamento do Estado, mas também das famílias e das empresas em Portugal", defendeu.