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Berlim reconhece abrandamento económico no segundo trimestre

A dois dias de serem divulgados os dados oficiais relativos à evolução da maior economia europeia no segundo trimestre, o Ministério da Economia já admite uma “deterioração” do ambiente económico. O indicador de confiança caiu para o valor mais baixo desde 2012.

12 de Agosto de 2014 às 16:11
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A maior economia da Zona Euro deverá ter abrandado, ou mesmo contraído, no segundo trimestre de 2014, colocando ainda mais em causa a débil recuperação da economia europeia. A apenas dois dias de serem conhecidos os números da evolução do produto interno bruto (PIB) alemão no segundo trimestre, esta terça-feira foi o próprio Ministério da Economia a reconhecer uma "deterioração" económica neste período.

 

Num relatório mensal hoje divulgado, citado pelo espanhol Expansión, o Governo alemão refere que "depois de um primeiro trimestre robusto, o segundo trimestre foi afectado por uma deterioração".

 

As autoridades germânicas atribuem à instabilidade geopolítica internacional e ao fraco desempenho de algumas das principais economias europeias, a responsabilidade pelo desempenho aquém das expectativas da maior economia europeia.

 

"Juntamente à débil evolução económica da Zona Euro, a insegurança decorrente dos acontecimentos geopolíticos também penalizou", acrescenta o relatório do ministério alemão.

 

Apesar de o Governo alemão não se comprometer com uma antecipação dos dados oficiais que serão divulgados dentro de dois dias, fica no ar a expectativa do abrandamento, ou mesmo contracção, do PIB da Alemanha, a exemplo do que aconteceu com Itália e França.

 

O PIB italiano contraiu 0,2% no segundo trimestre, fazendo com que Itália entre em recessão técnica. Já a economia francesa permanece estagnada.

 

A Bloomberg também escreve esta terça-feira que a situação geopolítica deverá contribuir para uma contracção do PIB alemão no segundo trimestre, o que aconteceria pela primeira vez desde 2012.

 

Os últimos dados e acontecimentos auguram isso mesmo. O índice alemão, cujos novos dados foram conhecidos esta terça-feira, que mede a confiança e as expectativas dos investidores e analistas caiu de 27,1 pontos em Julho para 8,6 pontos em Agosto, o valor mais baixo desde 2012.

 

Esta segunda-feira um indicador avançado da OCDE para a Alemanha mostrava um recuo, entre Maio e Junho, de 100,4 pontos para 100,2 pontos. Até mesmo Bundesbank já havia admitido uma estagnação da economia alemã no segundo trimestre, também aludindo à crise com a Rússia como factor desestabilizador para a maior economia do euro.

 

Entretanto, depois de uma relativa acalmia verificada nas últimas horas, o clima de tensão entre o ocidente e a Rússia voltou a crescer. A guerra de sanções entre a Rússia e a União Europeia, agravada após a queda do avião da Malaysia Airlines em meados de Julho, estará a penalizar fortemente a Alemanha,  uma vez que o mercado russo é um dos maiores receptores das exportações alemãs. Recorde-se que a Rússia estabeleceu um embargo, com a duração de um ano, aos produtos do sector primário da UE.

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