Notícia
Banco de Portugal mantém crescimento de 2,5% este ano e revê desemprego em baixa
O banco central mantém a previsão de crescimento de 2017 em 2,5%. À surpresa positiva da economia no primeiro semestre, que cresceu 2,9%, seguir-se-á uma desaceleração para os 2% no segundo semestre. O desemprego no ano foi revisto em baixa para 9%.
Portugal deverá crescer 2,5% no conjunto de 2017, reafirmou o Banco de Portugal a 4 de Outubro, quatro meses após a anterior previsão, revendo ao mesmo tempo em baixa a estimativa de taxa de desemprego esperada de 9,4% para 9%. A confirmar-se, Portugal voltará a crescer mais que a Zona Euro pela primeira vez desde a viragem do século. Neste contexto, o banco central antecipa que o Governo consiga baixar a dívida e o défice públicos pelo menos para as metas estabelecidas para 2017 no Programa de Estabilidade.
A previsão surge inscrita no Boletim Económico de Outono e é acompanhada de contextualização internacional e histórica: "O crescimento em 2017 [de 2,5%] é 0,3 pontos percentuais superior ao actualmente projectado para a área do euro, interrompendo a tendência de divergência real verificada desde o início da década de 2000" lê-se no documento que nota que, ainda assim, "o nível do PIB em 2017 é 1,5% inferior ao de 2008", ou seja, ainda inferior ao verificado imediatamente antes da crise.
Investimento e exportações justificação a aceleração do crescimento do PIB de 1,5% em 2016 para 2,5% em 2017, prevê o banco central, que espera uma manutenção do saldo externo em terreno positivo: "A actual recuperação económica assenta num maior dinamismo da Formação Bruta de Capital Fixo [o investimento], cujo crescimento projectado para 2017 é de 8%, e na reorientação de recursos produtivos para sectores mais expostos à concorrência internacional, com as exportações de bens e serviços a crescerem aproximadamente 7% em 2017, situando-se cerca de 44% acima do valor observado em 2008", explicam os economistas da Almirante Reis, que no documento destacam o comportamento excepcional das exportações de turismo nos últimos anos [crescimento nominal médio de 11,1% ao ano entre 2013 e 2016, duplicando o valor de 2001], e notam também um desempenho positivo das vendas ao exterior de mercadorias, com ganhos de quota de mercado desde 2010, com a excepção de 2014 e 2015.
Contas feitas a entradas e saídas de fundos da economia, o banco central prevê um excedente da balança corrente e de capital de cerca de 1,8% do PIB este ano, em linha o verificado no ano passado: "As actuais projecções apontam para a manutenção da capacidade de financiamento da economia portuguesa, medida pelo excedente da balança corrente e de capital, num nível próximo do observado em 2016", lê-se no documento.
No mercado de trabalho, a recuperação está a ser marcada por um bom dinamismo da criação de emprego – 3,3% em termos homólogos no primeiro semestre – sem pressões salariais, apesar dos aumentos do salário mínimo e das reposições salariais no Estado, nota ainda o banco central. A taxa de desemprego foi aliás revista em baixa face ao valor de Junho, de 9,4% para 9%, isto apesar da manutenção da previsão de crescimento.
Dado o desempenho da economia e a execução orçamental do primeiro semestre, a instituição liderada por Carlos Costa, considera que "o cumprimento do objectivo estipulado para o défice orçamental [de 1,5% do PIB] é claramente alcançável" e que a meta de 127,7% do PIB para a dívida também poderá ser atingida, ou até superada.
A previsão de um crescimento do PIB de 2,5% no conjunto do ano, após um crescimento de 2,9% em termos homólogos no primeiro semestre, traduz a expectativa do banco central de uma desaceleração do crescimento para cerca de 2% na segunda metade do ano, puxado por um dinamismo menor das exportações como do investimento, que assim regressariam aum crescimento mais próximo do que é considerado sustentável pela autoridade monetária.
Nas últimas semanas o Conselho das Finanças Públicas apontou para um crescimento no ano de 2,7%, a Standard & Poor's apontou para 2,8% e o ISEG para um valor situado entre 2,6% e 3%.
A previsão surge inscrita no Boletim Económico de Outono e é acompanhada de contextualização internacional e histórica: "O crescimento em 2017 [de 2,5%] é 0,3 pontos percentuais superior ao actualmente projectado para a área do euro, interrompendo a tendência de divergência real verificada desde o início da década de 2000" lê-se no documento que nota que, ainda assim, "o nível do PIB em 2017 é 1,5% inferior ao de 2008", ou seja, ainda inferior ao verificado imediatamente antes da crise.
Contas feitas a entradas e saídas de fundos da economia, o banco central prevê um excedente da balança corrente e de capital de cerca de 1,8% do PIB este ano, em linha o verificado no ano passado: "As actuais projecções apontam para a manutenção da capacidade de financiamento da economia portuguesa, medida pelo excedente da balança corrente e de capital, num nível próximo do observado em 2016", lê-se no documento.
No mercado de trabalho, a recuperação está a ser marcada por um bom dinamismo da criação de emprego – 3,3% em termos homólogos no primeiro semestre – sem pressões salariais, apesar dos aumentos do salário mínimo e das reposições salariais no Estado, nota ainda o banco central. A taxa de desemprego foi aliás revista em baixa face ao valor de Junho, de 9,4% para 9%, isto apesar da manutenção da previsão de crescimento.
Dado o desempenho da economia e a execução orçamental do primeiro semestre, a instituição liderada por Carlos Costa, considera que "o cumprimento do objectivo estipulado para o défice orçamental [de 1,5% do PIB] é claramente alcançável" e que a meta de 127,7% do PIB para a dívida também poderá ser atingida, ou até superada.
A previsão de um crescimento do PIB de 2,5% no conjunto do ano, após um crescimento de 2,9% em termos homólogos no primeiro semestre, traduz a expectativa do banco central de uma desaceleração do crescimento para cerca de 2% na segunda metade do ano, puxado por um dinamismo menor das exportações como do investimento, que assim regressariam aum crescimento mais próximo do que é considerado sustentável pela autoridade monetária.
Nas últimas semanas o Conselho das Finanças Públicas apontou para um crescimento no ano de 2,7%, a Standard & Poor's apontou para 2,8% e o ISEG para um valor situado entre 2,6% e 3%.