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Fraco crescimento é a principal ameaça à sustentabilidade da dívida

Segundo o relatório da sexta avaliação do programa de ajustamento, o principal factor que poderá ameaçar a descida do elevado endividamento português é o crescimento económico ser inferior ao esperado.

21 de Dezembro de 2012 às 14:11
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Segundo o documento da Comissão Europeia, apesar de a projecção central da troika apontar para uma descida progressiva do rácio da dívida a partir de 2014, algumas riscos podem ameaçar esse objectivo. Estes riscos são divididos em três grupos: macroeconómicos; austeridade e envelhecimento; e alterações ao perímetro das Administrações Públicas.

 

"Um crescimento do PIB um ponto percentual mais baixo ou uma taxa de juro mais alta um ou dois pontos percentuais iria desacelerar significativamente o ritmo de redução da dívida sem colocar em causa a descida no médio prazo", pode ler-se no relatório.

 

"Ao mesmo tempo, um choque positivo no crescimento no médio prazo devido ao impacto das reformas estruturais executadas pode resultar num rácio de dívida em percentagem do PIB visivelmente mais baixo e um ritmo mais rápido de redução da dívida."

 

Olhando para os gráficos da Comissão, pode observar-se, por um lado, que qualquer alteração nestas variáveis provoca uma diferença significativa na evolução da dívida pública. Por outro, que mesmo nos melhores cenários, Portugal não terá uma dívida pública abaixo de 60% do PIB (limite de Bruxelas) antes de 2030.

 

Entre os riscos negativos, a possibilidade de Portugal crescer menos do que a Comissão espera é o mais penalizador, principalmente no período até 2025. Num cenário de crescimento PIB um ponto inferior às previsões, em 2030, a dívida ainda estará próxima de 105% do PIB.

 
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