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Apetite dos estrangeiros pela dívida nacional “está a crescer”

A Comissão Europeia diz que os investidores com quem as autoridades portuguesas se têm encontrado mostram um “apetite crescente” pela dívida de longo prazo portuguesa. Operação de troca de obrigações “melhorou fortemente” a probabilidade de Portugal conseguir cobrir as necessidades de 2013.

21 de Dezembro de 2012 às 13:10
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O relatório da sexta avaliação da Comissão Europeia ao programa de ajustamento em Portugal passa uma mensagem optimista acerca da capacidade de Portugal cumprir as suas obrigações no futuro próximo. E também sobre o apetite estrangeiro pela dívida nacional.

 

“O Tesouro português tem vindo a sondar o apetite dos investidores estrangeiros pela dívida pública, tendo promovido no Outono vários ‘roadshows’ com investidores europeus e dos EUA, que pareceram sinalizar um apetite crescente pela dívida de médio e longo prazo de Portugal”, escreve a Comissão.

 

“O ‘rating’ abaixo de ‘grau de investimento’ é um obstáculo grande para atrair investidores de ‘real money’ [fundos de pensões, fundos soberanos etc.] mas nota-se também um aumento do apetite (pela dívida portuguesa) por parte dessa classe de investidores”, nota a Comissão.

 

Apesar desse apetite, o IGCP não tem promovido leilões de obrigações do Tesouro, mas “vários investidores adquiriram títulos no mercado secundário aos bancos nacionais”, o que contribuiu para a baixa das taxas de juro, que esta semana desceram abaixo da marca simbólica dos 7% a 10 anos.

 

A Comissão adianta ainda que o IGCP tem planeado para o início do ano visitas a investidores em vários países europeus, Japão e EUA.

 

Tribunal Constitucional travou alívio nos juros

 

Em comentário ao alívio das taxas, a Comissão considera “encorajador” que as taxas tenham voltado a cair depois de uma pausa em Setembro e Outubro. “A redução das taxas [nos primeiros oito meses do ano] sinaliza uma confiança crescente no programa e é também um resultado das iniciativas europeias, mas a incerteza criada pela decisão do Tribunal Constitucional de reintroduzir os subsídios de Natal e férias dos funcionários públicos contribuiu para uma interrupção temporária na tendência” de alívio dos juros.

 

No entanto, “é encorajador que as taxas tenham voltado a cair nos tempos recentes, o que é provavelmente um reflexo de, entre outros factores, um regresso da estabilidade política e social.

 

A Comissão destaca também que “a probabilidade de Portugal conseguir cobrir as necessidades de refinanciamento de 2013 melhorou fortemente”, graças à operação de troca realizada em Outubro – que passou 39% da dívida que vencia em 2013 para 2015 – e à optimização das reservas de tesouraria existentes no sector público (através, por exemplo, dos CEDIC e CEDIM).

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