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Pagamentos com criptomoedas subiram 65% até julho deste ano

Depois de uma queda acentuada no ano passado, em 2019 os pagamentos feitos com criptomoedas voltaram a disparar, numa altura em que a Bitcoin – que representa quase todas as transações – tem vindo a ganhar força.

06 de Novembro de 2019 às 18:16
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O número total de pagamentos feitos através das 16 maiores plataformas de pagamentos, como a BitPay, cresceu 65% entre janeiro e julho deste ano, face ao mesmo período do ano passado, de acordo com os dados da Chainalysis, divulgados pela Bloomberg. 

Este ressurgimento dos pagamentos em criptomoedas contrasta com o movimento do ano passado, altura em que as negociações feitas com Bitcoin estavam a cair a pique. Este ano, para além de a Bitcoin voltar a ganhar força entre os utilizadores, outras moedas digitais surgiram e estão a romper, como é o caso da Tether, que atualmente é a criptomoeda mais transacionada.

"Isto sugere que existe uma confiança maior nas criptomoedas", disse Kim Graurer, economista sénior na Chainalysis, baseada em Nova Iorque, à agência de notícias.

O preço da Bitcoin, que representa 89% das transações, disparou 151,85% durante este ano e neste momento a "estrela" das criptomoedas vale 8.378,26 euros por unidade. Em 2019, a Bitcoin já chegou a valer 12.145,80 euros, abaixo do máximo histórico atingido em dezembro de 2017 nos 15.940,30 euros. 



A apoiar esta aceleração tem estado o esforço de algumas das maiores plataformas de pagamentos em abrir portas às criptomoedas. A International Exchange planeia começar a testar a sua aplicação para moedas digitais com a Starbucks, no primeiro semestre de 2020.

A BitPay, que disse processar mais de mil milhões de dólares anualmente, antecipa um crescimento contínuo dos pagamentos feitos com moedas digitais à medida que novas criptomoedas são adicionadas ao portfólio já existente, como a Ether e a XRP, disse o porta-voz Jan Jahosky da empresa, à Bloomberg.

Apesar da subida, o número de pagamentos feitos com criptomoedas continua curto. Até julho foram transacionados o equivalente a uma média de 5,5 milhões de dólares por dia em julho, acima dos 3 milhões feitos em janeiro. A título de exemplo, só a Starbucks regista 70 milhões de euros diariamente em vendas, por isso a sua inclusão no panorama das criptomoedas poderá impulsionar ainda mais o volume de pagamentos.

O grande entrave ao pagamento feito com Bitcoins tem sido o tempo que demora até à transação confirmar-se, podendo mesmo durar cerca de uma hora. 

O aumento do uso da Tether - a chamada "stablecoin" - deu um impulso às transações. Até julho, a Tether correspondeu a 9% do total de moedas usadas. "Ainda há uma pegada muito grande da Bitcoin", disse Grauer, acrescentando que "mas se olharmos para o crescimento da Tether, especialmente no segundo trimestre, vemos que disparou". 

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