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Kepler coloca EDP entre as preferidas na Europa. Ações atingem máximos de 11 anos

A Kepler Cheuvreux elegeu a EDP como uma das três elétricas preferidas entre um universo de 36 companhias do setor na Europa. O preço-alvo é de 4,50 euros.

Bruno Colaço
14 de Janeiro de 2020 às 11:41
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As ações da EDP estão a renovar máximos de mais de 11 anos esta terça-feira, 14 de janeiro, com ganhos acima de 1%, beneficiando com mais uma nota de research favorável para a elétrica nacional.

 

Os títulos avançam 1,21% para 3,94 euros, o que corresponde à cotação mais elevada desde junho de 2008. A empresa liderada por António Mexia está a ser avaliada no mercado em 14.406 milhões de euros, reforçando o estatuto de cotada mais valiosa da praça portuguesa (a capitalização bolsista da Galp Energia é inferior a 13 mil milhões de euros).

 

Esta evolução positiva das ações surge no dia em que a Kepler Cheuvreux elegeu a EDP como uma das três elétricas preferidas entre um universo de 36 companhias do setor na Europa.

De acordo com a nota de research com data de 14 de janeiro, a que o Negócios teve acesso, a EDP surge ao lado das francesas Engie e Veolia na lista das três ações "mais preferidas". Em sentido inverso, a RWE, a Suez e a Verbund são as "menos preferidas".

 

A Kepler Cheuvreux destaca que 2019 foi um ano positivo para as "utilities", com retornos de 20%, devido sobretudo ao baixo nível das taxas de juro, esperando que os retornos possam continuar positivos este ano, sobretudo para as cotadas do setor elétrico com forte exposição às renováveis e porque a política monetária deverá continuar nos mesmos moldes do ano passado.

 

O banco de investimento francês tem um preço-alvo de 4,50 euros para a EDP, que aponta para um potencial de valorização de 14% face à cotação atual. A elétrica nacional já estava entre as ações preferidas da Kepler Cheuvreux e continua a receber uma recomendação de "comprar".

 

"Acreditamos que a EDP é uma ‘utility’ com uma história de reestruturação atrativa e temos um elevado grau de convicção que a gestão será capaz de extrair o máximo valor possível do portfólio, seguindo uma política financeira prudente", referem os analistas da Kepler Cheuvreux.

 

O banco destaca que há um ano a EDP foi penalizada pelo "contexto político hostil" e pela incerteza relacionada com a OPA da China Three Gorges, mas que a história de investimento da cotada alterou-se com a apresentação do plano estratégico em março passado. A Kepler Cheuvreux assinala que este plano é marcado por uma redução do risco, reorganização do portfólio de ativos e cristalização do valor da empresa, sendo que a EDP está a "cumprir" na sua execução.

 

A avaliação das ações da EDP foi obtida através do método dos "cash flow" descontados (DFC), um preço alvo de 10,30 euros para a EDP Renováveis e o valor de mercado da EDP Brasil.

Últimos preços-alvo acima de 4,00 euros

A EDP tem sido alvo de várias notas de research positivas nas últimas semanas. A 8 de janeiro o HSBC aumentou o preço-alvo da empresa portuguesa para os 4,40 euros por ação, sendo que no dia anterior o Goldman Sachs tinha cortado de o target de 4,50 para 4,40 euros, mantendo o potencial acima dos 10%.

 

No final de 2019 o Barclays tinha aumentado o preço-alvo de 4,20 euros para os 4,30 euros e o Société Générale tinha elevado a avaliação de 4,10 euros para 4,20 euros, mantendo também a recomendação de compra.

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