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IMF – BCP já chegou a recuar 40% desde meados de julho
BCP já chegou a recuar 40% desde meados de julho; Eur/Usd alcança novos mínimos cada vez mais próximo dos $1.09; Crude regista maior perda desde julho com relatos de retoma de produção na Arábia Saudita; Ouro define máximo relativo mais baixo e pressiona perspetivas.
BCP já chegou a recuar 40% desde meados de julho
O BCP tem vindo a ser pressionado pelas recentes notícias de que o banco polaco pode vir a ser obrigado a converter créditos concedidos em franco suíços para o zlóti, com perdas de milhares de milhões indemnizando cerca de 450 mil famílias, com obrigações em cerca de 25 mil milhões. Com isto vários bancos têm vindo a baixar o preço-alvo do Bank Millennium, detido em mais de 50% pelo BCP, à medida que se aguarda a decisão do Tribunal de Justiça da UE a 3 de outubro. Adicionalmente, Miguel Maia, líder do BCP, numa entrevista à ECO indicou que o BCP "está a ter um ano difícil", o que também pesou sobre o sentimento dos investidores.
Tecnicamente, o BCP sofreu uma queda de quase 40% face aos valores de meados de julho. No entanto, o par segue com uma enorme pressão de venda e o estocástico aponta para uma correção do título, podendo alcançar os €0.2150. No entanto, a perspetiva bearish mantém-se, sendo que o suporte mais próximo após os €0.175 situa-se nos €0.1450. Uma inversão de tendência será sinalizada com o romper em alta €0.2150.
Eur/Usd alcança novos mínimos cada vez mais próximo dos $1.09
O Eur/Usd alcançou novos mínimos de maio de 2017, à medida que numa altura de algumas turbulências os investidores procuram por refúgio nomeadamente no dólar. Ultimamente os números nos EUA continuam a dar sinais de que a economia está relativamente estável. Na Zona Euro, Villeroy juntou-se à lista dos membros que se opuseram a parte do recente pacote de estímulos do BCE. O membro do BCE acredita que o programa de Quantitative Easing é desnecessário, tendo em conta os baixos níveis das taxas de juro. Por outro lado, a melhoria das tensões comerciais EUA-China também ajudaram a impulsionar o dólar norte-americano.
Tecnicamente, o par intensificou a perspetiva de venda ao definir um novo mínimo (maio de 2017). O MACD evidencia um claro sinal de venda, à medida que o Eur/Usd permanece pressionado a negociar dentro do canal descendente. Na eventualidade de uma quebra dos $1.0850-$1.0900, o par só encontrará suporte em torno dos $1.06.
Crude regista maior perda desde julho com relatos de retoma de produção na Arábia Saudita
Os preços do petróleo registaram a maior queda semanal desde julho. A justificar as perdas estão as indicações da Arábia Saudita de que irá conseguir restabelecer a produção de petróleo perdida nos ataques à Saudi Aramco mais cedo do que o esperado. Os preços também foram pressionados pela subida de 2.4 milhões de barris inventários de crude dos EUA na semana passada, quando era esperava uma queda de 400 mil barris. É de destacar também que a EIA revelou que poderá cortar as suas estimativas do crescimento da procura para 2019 e 2020, se o crescimento económico mundial continuar a abrandar.
Apesar de continuar a apresentar uma tendência de queda, a matéria prima aparenta ter encontrado suporte em torno na linha de tendência ascendente (verde), sendo que poderá ressaltar neste nível e voltar a subir aos 61.8% de retração de fibonacci, em torno dos $59.
Ouro define máximo relativo mais baixo e pressiona perspetivas
O ouro foi inicialmente impulsionado por um ligeiro escalar das tensões comerciais, após China ter indicado que não iria curvar-se perante as ameaças de Washington. No entanto, o discurso de Trump na NATO e os comentários de que um acordo comercial com a China poderia estar mais próximo do que os esperados pressionaram o ouro, à medida que o apetite pelo risco do mercado vai aumentando. Adicionalmente, a valorização do dólar face a um conjunto de moedas fez com que o ouro também acabasse por perder terreno.
Tecnicamente, a matéria-prima tentou recuperar chegando a negociar nos $1530, mas a meio da semana mostrou vulnerabilidade e acabou por recuar de novo abaixo dos $1500. Os indicadores técnicos não dão sinais claros, sendo necessária aguardar por novos desenvolvimentos. Cautela para o novo máximo relativo mais baixo que poderá indicar uma formação de triângulo descendente.
As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.