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Bayer afunda 12% em Bolsa após nova decisão judicial negativa sobre herbicida Roundup
O herbicida Roundup foi considerado na terça-feira um "fator substancial" no cancro desenvolvido pelo septuagenário Edwin Hardeman, de acordo com um júri norte-americano.
As ações da gigante química Bayer desvalorizam hoje mais de 10% na bolsa de Frankfurt, após um novo revés na sua subsidiária Monsanto, nos Estados Unidos.
Os títulos da Bayer caem 12% para 61,1 euros, caminhando para a queda diária mais pronunciada em 15 anos e para mínimos desde 3 de janeiro. Desde a aquisição da Montando as ações já acumulam uma queda acima de 30%, sendo que a desvalorização desta quarta-feira equivale a uma perda de mercado de 8 mil milhões de dólares.
O herbicida Roundup foi considerado na terça-feira um "fator substancial" no cancro desenvolvido pelo septuagenário Edwin Hardeman, de acordo com um júri norte-americano.
Os jurados disseram que o queixoso demonstrou que o Roundup foi um "fator substancial" para o seu cancro, encerrando assim a primeira fase deste processo, aberto em 25 de fevereiro.
Por pedido do grupo alemão Bayer (que comprou a Monsanto no ano passado), os debates foram organizados em duas fases: uma, "científica", consagrada à responsabilidade do Roundup na doença, e uma segunda, para abordar uma eventual responsabilidade do grupo.
Quando o veredicto foi divulgado, o queixoso e os seus advogados abraçaram-se. "Estamos muito satisfeitos", reagiu uma advogada de Hardeman, Jennifer Moore.
De sinal contrário foi a reação da Bayer que, em comunicado, declarou: "Estamos dececionados".
A segunda fase do processo, que é o primeiro ao nível federal, vai começar na quarta-feira e deve, desta vez, procurar resposta para as questões: a Monsanto conhecia os riscos? Escondeu-os? Se sim, quais são as indemnizações que deve pagar?
Em agosto, um veredicto histórico condenou o grupo agroquímico a pagar 289 milhões de dólares (255 milhões de euros) a um jardineiro doente com cancro.