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Acções da Tesla afundam mais de 6% com pedido aos fornecedores para devolverem parte dos pagamentos

Segundo o The Wall Street Journal, a Tesla enviou uma carta aos fornecedores onde pede que seja devolvida uma parte “significativa” dos pagamentos que foram feitos nos últimos dois anos,

Foguetes reutilizáveis e o sonho de levar seres humanos a Marte tornaram Elon Musk um ídolo para fãs de tecnologia. Agora, este pode ser o seu ano no mercado de petróleo. Até Abril, o empreendedor nascido na África do Sul espera estar a produzir 5.000 unidades por semana do novo carro eléctrico da Tesla, chamado Model 3. Seria um grande passo para os veículos eléctricos, trazendo uma tecnologia de luxo para as massas. Se Musk conseguir isso, certamente aumentarão as especulações de que os carros eléctricos substituirão o motor de combustão antes do esperado.
reuters
23 de Julho de 2018 às 15:42
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As acções da Tesla estão a negociar em forte queda esta segunda-feira, 23 de Julho, depois de o The Wall Street Journal ter noticiado que a fabricante de veículos eléctricos está a pedir aos fornecedores que devolvam parte dos pagamentos que foram feitos desde 2016 para ajudar a Tesla a tornar-se rentável.

Os títulos da empresa liderada por Elon Musk estão a cair 5,37% para 296,73 dólares, depois de terem chegado a desvalorizar um máximo de 6,61% para 292,86 dólares, o valor mais baixo desde 5 de Junho.

Segundo o The Wall Street Journal, a Tesla enviou uma carta aos fornecedores onde pede que seja devolvida uma parte "significativa" dos pagamentos que foram feitos nos últimos dois anos, sublinhando que todos os fornecedores estão a ser contactados no sentido de ajudarem a fabricante de carros eléctricos a apresentar resultados positivos.

A Bloomberg adianta que a Tesla recusou comentar o conteúdo da carta, confirmando, porém, que está a tentar obter reduções de preços juntos dos fornecedores para certos projectos. A Tesla disse que esses pedidos fazem parte das negociações de compra para melhorar a sua vantagem competitiva, especialmente numa altura em que a fabricante está a aumentar a produção do seu Model 3, segundo o The Wall Street Journal.

Tatsuo Yoshida, analista da Sawakami Asset Management, citado pela Bloomberg, refere que não é incomum os fabricantes automóveis pedirem reduções de preços, com efeitos retroactivos, e que empresas japonesas do ramo já o fizeram no passado. Yoshida trabalhou na Nissan entre 1983 e 1999.

Koji Endo, analista da SBI Securities acrescenta que a Tesla poderá ser o maior ou o único cliente desses fornecedores, na medida em que utiliza componentes nos seus automóveis diferentes das utilizadas pelas fabricantes de veículos convencionais. "Se a Tesla for à falência, esses fabricantes perdem tudo", sublinha.

No primeiro trimestre deste ano os resultados ajustados da Tesla foram negativos em 3,35 dólares por acção, o que corresponde a uma melhoria face ao ano passado, quando reportou uma perda de 3,58 dólares por acção. Os números ficaram acima do esperado pelos analistas consultados pela Bloomberg que previam um prejuízo de 3,41 dólares.

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