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Mais de 100 CEO e executivos seniores da Aliança dos Líderes Empresariais Climáticos, promovida pelo Fórum Económico Mundial, partilham uma carta aberta a pedirem políticas e ações transformadoras aos decisores políticos mundiais que estarão presentes na COP28, a Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas que se realizará no Dubai, Emirados Árabes Unidos, de 30 de novembro a 12 de dezembro de 2023.
Os CEO relembram os principais desafios que o mundo atravessa e lançam quatro propostas de ação urgentes. "Limitar o aumento médio da temperatura global a 1,5°C corre o risco de ficar fora de alcance, a menos que haja um rápido aumento da colaboração público-privada e da ação para acelerar as reduções de emissões nas cadeias de valor globais", salienta a carta.
Miguel Stilwell d’Andrade, presidente executivo da EDP, é o único líder português a subscrever a carta. "Acredito que as mudanças políticas propostas na carta aberta podem ter um impacto enorme e estou entusiasmado por poder apresentar essas ideias aos decisores políticos na COP28, onde a EDP planeia ter mais uma vez um papel ativo em debates de grande relevância, mostrar os seus projetos inovadores e sustentáveis e as suas melhores práticas", refere o CEO em comunicado.
A Aliança representa um volume de negócios de quatro biliões de dólares e 12 milhões de colaboradores. Os seus membros sublinham que estabeleceram objetivos individuais de redução de emissões que ascendem a cerca de 1,0 Gt CO2e até 2030. No entanto, o sucesso destes objetivos "depende do apoio do governo para superar os desafios".
Nomeadamente, a Aliança identifica quatro desafios a superar. Consideram os processos regulamentares e administrativos complexos e morosos, atrasando o desenvolvimento de projetos de energias renováveis e impedindo a adoção de soluções ecológicas e facilitadoras; indicam falta de infraestruturas de rede adequadas, com redes elétricas não preparadas para integrar adequadamente uma parte crescente de energias renováveis; restrições tecnológicas que atrasam os esforços para aumentar a capacidade de fabrico de soluções de descarbonização em fase inicial; e consideram que existe harmonização e interoperabilidade limitadas entre as normas de comunicação que divergem entre setores e jurisdições.
Neste sentido, os subscritores consideram que a resolução destes desafios ajudará a maximizar o impacto da ambição e ação do setor privado, pelo que solicitam aos reguladores e decisores políticos quatro medidas específicas.
Ou seja, aumentar maciçamente o investimento em energias renováveis e redes elétricas e simplificar os processos de autorização e regulamentação; dar o exemplo nas práticas de contratação pública; turbinar as remoções de carbono baseadas na natureza e na tecnologia; e simplificar e harmonizar as normas de divulgação e medição do clima.
Além da EDP, os subscritores da carta incluem empresas de variados setores, como a Accenture, Astra-Zeneca, BBVA, Dell, PepsiCo, SAP, Volvo Cars, etc.