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Agência Europeia do Ambiente defende alinhamento das estratégias ambientais com políticas económicas e de segurança

AEA sublinha a necessidade de adotar uma visão mais ampla de prioridades para garantir os objetivos de sustentabilidade da União Europeia, tendo em conta as múltiplas crises em curso.

04 de Julho de 2024 às 12:22
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A Agência Europeia do Ambiente (AEA) apela à necessidade de um maior alinhamento das políticas económicas, sociais e de segurança europeias com os objetivos climáticos e ambientais, tendo em vista o objetivo a longo prazo de "viver bem dentro dos limites do nosso planeta".

Se tal não for feito, a coerência da agenda estratégica da União Europeia (UE) ficará comprometida, a implementação dos objetivos cruciais em matéria de clima, ambiente e sustentabilidade será dificultada e a capacidade da Europa para fazer face aos múltiplos choques e crises que se verificam atualmente será reduzida, sublinha a AEA.

No novo relatório "Perspetivas das Transições para a Sustentabilidade na Europa", a AEA sublinha a necessidade de adotar uma visão mais ampla de prioridades como a segurança, a competitividade ou a equidade. Reconhece que os sistemas socioeconómicos da Europa e o bem-estar dos seus cidadãos dependem crucialmente de um ambiente natural saudável e resistente, de um clima estável e de uma utilização sustentável dos recursos a longo prazo.

O relatório apela a um alinhamento mais eficaz do financiamento público e privado e à integração de todas as políticas da UE com os objetivos de sustentabilidade a longo prazo.

"A natureza das muitas crises que enfrentamos significa que agora, mais do que nunca, precisamos de nos manter fiéis aos nossos objetivos e políticas de sustentabilidade a longo prazo e ancorar estes objetivos ambientais e de bem-estar nas novas áreas prioritárias, como a segurança e a competitividade", sublinha Leena Ylä-Mononen, diretora executiva da AEA.

Além disso, acrescenta "a proteção e a recuperação do ambiente devem andar de mãos dadas com a justiça e a equidade. Sem o apoio dos cidadãos, não podemos fazer desta transição para a sustentabilidade um êxito".

O relatório apresenta várias ideias sobre a forma de ancorar os objetivos de sustentabilidade nas políticas da UE para convergir com a visão de sustentabilidade a longo prazo. Entre as ideias a AEA sugere que a UE deve promover abordagens ao bem-estar sustentável que ultrapassem os modelos económicos centrados apenas no crescimento.

Outra ideia é alargar a compreensão da segurança e da resiliência para abranger não só os aspetos militares e de defesa, mas também preocupações sociais mais amplas, como a resiliência ecológica e social.

Sublinha que existem oportunidades para associar as prioridades de segurança à sustentabilidade, com o potencial de reduzir a migração relacionada com o clima e a dependência dos combustíveis fósseis.

No que diz respeito à justiça e equidade, o relatório apela a uma maior integração entre as considerações de justiça e os objetivos ambientais. Por exemplo, a equidade também se cruza com a desigualdade na saúde exacerbada pelos riscos ambientais, sublinhando a necessidade de justiça na criação de resistência às alterações climáticas.

 

 

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