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O que "iliba" o BES no caso da PT?

A Pharol vai decidir se avança para Tribunal contra ex-gestores, tendo já decidido que a Deloitte vai responder numa acção judicial. E o BES?

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A ex-PT SGPS vai realizar esta sexta-feira, 31 de Julho, uma assembleia-geral, a primeira como Pharol, para que os accionistas possam decidir se avança a acção judicial contra os administradores da empresa que estiveram no conselho quando foram aplicados 897 milhões de euros em dívida do Grupo Espírito Santo e que ficou por reembolsar.

Espera-se que a assembleia seja pouco concorrida, como têm sido as últimas da empresa. Os accionistas estão descrentes. Mas se querem ter  voz alguma no processo é, mais uma vez, uma oportunidade para o fazerem. Têm-se calado demasiado!

Além disso, a Pharol já fez saber que irá accionar judicialmente também o auditor Deloitte.

Não haverá aqui esquecimentos? Porque não estender as acções a outros órgãos da ex-PT SGPS, como a comissão de auditoria? Será porque João Mello Franco, que era o presidente dessa comissão, aceitou ser presidente da SGPS numa altura em que mais ninguém queria assumir essa responsabilidade?


A minha perplexidade estende-se, com mais profundidade, à "inocência" já proclamada pela Pharol ao BES. O banco, que esteve na origem das aplicações colocadas na PT, sai, até ver, sem qualquer processo da Pharol. Questiono-me porquê.

Não há provas, dirá a empresa. Mas a prova da culpa (ou da inocência) não é feita nos tribunais? Ainda mais quando a administração da empresa já tinha aprovado, em conselho, que BES e Novo Banco (podendo neste caso ser mais questionável) podiam ser objectivo de acções. Agora ficam "ilibados". Uma decisão que os accionistas deviam questionar e que a Pharol devia explicar. 
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