Opinião
Em Roma sê romano. Na China sê generoso
A S&P foi a primeira agência de “rating” a ter licença (tendo-o conseguido em janeiro) para operar na China, com uma subsidiária local, analisando os riscos de crédito de entidades chinesas.
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E já emitiu a primeira análise de risco de uma entidade chinesa, dando-lhe, logo, a nota máxima na escala que criou para a dívida em renmimbi: triplo A. O que não é para todos. Esta foi a primeira vez que uma agência não chinesa produziu uma nota sobre um emitente doméstico: uma subsidiária do maior banco chinês. Foi a unidade de aviação, encomendas e "leasing" de equipamento do ICBC. Segundo conta o Financial Times, representa um desafio grande para as agências de "rating".
Em comunicado, a S&P explicou que a ICBC Financial Leasing tem uma "forte" posição de mercado e o facto de ser uma subsidiária de um banco permite-lhe acesso facilitado a investimento, com baixo risco nos refinanciamentos e adequada liquidez.
Isto tudo apesar do desequilíbrio entre ativos e passivos da companhia.
Não obstante a empresa garantiu a nota máxima na escala para a China da S&P. Isto depois das agências chinesas terem sido criticadas por serem generosas nas análises que faziam às companhias do país.
Jornalista