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16 de Junho de 2016 às 21:05

Pedido de desculpas à nação portuguesa

Não foi falta de pontaria ou desrespeito pelo adversário menos cotado. Não foi o meio-campo adormecido nem a lesão de Quaresma. Não foi a conjugação da palestra fanfarrona de Fernando Santos e o optimismo irritante de António Costa.

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A culpa pelo desastroso empate com a Islândia é minha e por inteiro: não fui lesto a engolir o jantar, atrasei o regresso do intervalo e não fiz a "dobra" ao central no golo de Bjarnason.


Com a mesma dose de azia já respingada por Ronaldo, uso esta coluna como utensílio de penitência. Em particular, vergo-me perante emigrantes, que - a par das mulheres que não ligam a futebol no resto do ano - são quem mais sofre com as desilusões verde-rubras.


Este sábado, entre as 20h e 21h45, nem um schnitzel vienense ou uma (não menos tentadora) valsa de Strauss me arrancam do sagrado canto direito do sofá. Já me basta a desilusão da brava nação sportinguista pelo descuido de estrear um cachecol no jogo que podia quebrar o jejum de 18 anos. Depois de Sabry, dispenso pesadelos com Janko. 

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