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25 de Março de 2012 às 23:30

Três estratégias para ganhar mais na bolsa

As bolsas de valores podem ser vistas como campos de batalha onde os investidores lutam para ter rendimentos mais elevados do que os outros. Tendo em conta o nível de competição, é difícil estar na linha da frente, mas há alguns truques que podem ajudar.

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As bolsas de valores podem ser vistas como campos de batalha onde os investidores lutam para ter rendimentos mais elevados do que os outros. Tendo em conta o nível de competição, é difícil estar na linha da frente, mas há alguns truques que podem ajudar.

No NOVA Investment Club, gostamos de procurar alternativas para obter a melhor relação de retorno e risco nos mercados accionistas. Organizamos inclusivamente o Portfolio Management Challenge todos os anos com a Atrium Investimentos, um concurso de bolsa em que premiamos o participante que consegue alcançar o melhor rácio de rendimento e risco.

Têm sido desenvolvidas algumas técnicas que apresentam historicamente retornos superiores à metodologia tradicional de apenas diversificar o portefólio de activos financeiros. A primeira estratégia passa por investir em empresas cujo valor de mercado não é muito superior ao seu valor contabilístico. Os investidores acreditam que as empresas com um valor de mercado relativamente maior ao valor contabilístico têm um grande potencial de crescimento. Todavia, tal como em muitas outras situações, os seres humanos tendem a ter expectativas exageradas. Assim, quando os mercados se apercebem disto, os investidores vendem as suas acções e os preços descem. Do mesmo modo, os investidores tendem a ser demasiado pessimistas quanto à situação das empresas cujo potencial de crescimento é mais fraco, pelo que historicamente tem sido possível realizar ganhos através da compra deste tipo de acções.

Outra fonte de rendimentos interessante pode ser o efeito Janeiro. Normalmente, os retornos das acções são maiores em Janeiro do que nos outros meses. Este efeito é especialmente forte para as empresas mais pequenas. Uma explicação plausível para este fenómeno é a venda de títulos em Dezembro por instituições que procuram descontar nas declarações de impostos perdas realizadas nos mercados de capitais. O aumento consequente da oferta de acções no final de Dezembro permite a compra de títulos a preço de saldo nesta altura do ano.

Por fim, uma terceira estratégia a considerar é a diferença entre os lucros contabilísticos e a quantidade líquida de dinheiro recebida por uma empresa ("cash flows"). Normalmente, os accionistas de empresas onde a diferença entre estes valores é mais pequena obtêm rendimentos mais elevados. Isto acontece porque os investidores acreditam que empresas com diferenças mais elevadas entre lucros e "cash flows" estão a usar o dinheiro que vão recebendo para investir em novos projectos. Todavia, se esta diferença não for persistente, também pode ser explicada por outros factores que não acrescentam valor à empresa, nomeadamente adiamentos de pagamentos de clientes. Assim, como os investidores muitas vezes ignoram o factor da persistência, estas acções ficam sobrevalorizadas. Por conseguinte, é preferível investir em acções de empresas com diferenças entre lucros e "cash flows" mais baixas.



Nova Investment Club –
Financial Markets Division
Coluna quinzenal à segunda-feira

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