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Adiamento de expectativas de cortes de taxas da Fed derruba Wall Street
As bolsas norte-americanas foram afetadas pelas especulações do mercado de que a Reserva Federal não vai cortar as taxas de juros antes de julho, ao mesmo tempo que aumenta a preocupação com a persistência da inflação. A Nvidia afundou mais de 6%.
Wall Street pintou-se de vermelho. Os principais índices do lado de lá do Atlântico terminaram a sessão desta terça-feira em terreno negativo, com as ações a serem derrubadas pelas especulações de que a Reserva Federal não vai cortar as taxas de juro até julho.
Os dados económicos otimistas dos EUA levantaram preocupações de que a persistência da inflação desacelere o ritmo de flexibilização da política monetária do banco central. O Departamento do Trabalho mostrou que as vagas de emprego subiram inesperadamente em novembro, enquanto a atividade do setor de serviços acelerou no último mês do ano.
O Nasdaq Composite foi o índice mais afetado, ao cair 1,9% para 19.489,68 pontos. Já o S&P 500 encerrou a sessão a desvalorizar 1,11% para 5.909,04 pontos, enquanto o industrial Dow Jones perdeu 0,42% para 42.528,36 pontos.
O setor da tecnologia foi o mais afetado. A Nvidia caiu mais de 6%, já que a apresentação de novos produtos feita pelo CEO, Jensen Huang, não conseguiu impulsionar a fabricante de semicondutores de inteligência artificial a novos patamares.
Também a Tesla derrapou acima de 4% após as autoridades dos EUA terem aberto uma investigação a 2,6 milhões de veículos da fabricante criada por Elon Musk por alegados acidentes relacionados com a funcionalidade de condução autónoma.
A Meta Platforms cedeu 1,95% após a empresa ter anunciado o cancelamento da ferramenta de "fact-check" nos EUA, assim como reduziu as restrições às discussões sobre polémicas. A decisão ocorre num momento em que o CEO, Mark Zuckerberg, sinalizou o desejo de "fazer as pazes" com o governo que vai tomar posse em duas semanas.
A Microsoft perdeu 1,28%. O mercado reagiu à notícia de que a empresa vai investir três mil milhões de dólares na Índia para expandir a capacidade de inteligência artificial e à capacidade da "cloud".